Mercedes Maria da Cunha Bustamante

<Strong> Laços familiares e formação acadêmica</strong> Nascida em Santiago, no Chile, em 24 de setembro de 1963, veio para o Brasil aos 7 anos de idade. Seu pai trabalhava na Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), motivo pelo qual nasceu no Chile. Desde muito peque...

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Formato: Online
Publicado em: 2024
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Acesso em linha:https://canalciencia.ibict.br/historia-das-ciencias/cientista?item_id=29120
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Resumo:<Strong> Laços familiares e formação acadêmica</strong> Nascida em Santiago, no Chile, em 24 de setembro de 1963, veio para o Brasil aos 7 anos de idade. Seu pai trabalhava na Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), motivo pelo qual nasceu no Chile. Desde muito pequena gostava de descobrir o funcionamento das coisas e sempre foi muito curiosa. Na ciência começou a estudar fisiologia vegetal, queria entender como as plantas funcionavam, seu metabolismo, sua estrutura, e acabou trabalhando com ecologia de ecossistemas. Embora não fosse uma pessoa cientista, sua mãe, uma mineira de muita resistência e determinação, foi sua maior inspiração. Mercedes acredita que ter exemplos femininos torna mais fácil, para as meninas, a percepção de que é possível superar desafios no campo das ciências. O interesse pela área de Ciências Biológicas consolidou-se durante o ensino médio quando se profissionalizou como auxiliar de análises clínicas, uma experiência que lhe possibilitou o contato com procedimentos analíticos e práticas laboratoriais. Durante a graduação, no curso de Ciências Biológicas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), as excursões de campo oferecidas pela instituição foram oportunidades que lhe permitiu conhecer diversos ecossistemas (BUSTAMANTE, 2017). Seu encantamento pelo Cerrado ocorreu no início dos anos 80, ainda durante a graduação, quando estudava biologia e assistiu a uma apresentação de botânica, no Museu Nacional, na qual aparecia as belas flores do Cerrado (REVISTA PESQUISA, 2023). Dez anos depois do início deste evento, devido ao encantamento despertado, Mercedes foi morar em Brasília e trabalhar como professora visitante da Universidade de Brasília (UnB). Oportunamente, pôde conhecer o Cerrado, devido a uma viagem que fez, onde atravessou o Cerrado até o Pantanal. Em suas próprias palavras, “a experiência com as atividades de campo, já nos semestres iniciais do curso de Ciências Biológicas, reforçou a minha convicção (inicialmente fundamentada na minha vivência como discente) de que o treinamento e a percepção dos fenômenos naturais em campo são parte essencial da formação de bons profissionais de Ciências Biológicas em um país com a riqueza biológica do Brasil”. Logo após a conclusão da graduação em Ciências Biológicas fez especialização na mesma área e decidiu cursar o mestrado em Ciências Agrárias, pela Universidade Federal de Viçosa. No início de 1990, viaja para a Alemanha, a fim de fazer o doutorado, onde iniciou os estudos relacionados à mudança climática. Na época, este tema começou a ganhar mais atenção e por isso, Mercedes aprofundou-se nele, partindo de uma escala regional para uma global (CRBIO03, 2021). Suas pesquisas mais recentes versam sobre o uso do solo e das mudanças climáticas, cujo foco é o bioma Cerrado. Tornar o ensino de Ciências mais atrativo e acessível sempre foi uma preocupação para ela. Ao participar de projeto de acompanhamento de alunos da rede pública estadual do Rio de Janeiro, abriu-se uma janela de possibilidades, que despertou nela, o interesse pela docência.