A contribuição das crianças em pesquisa científica durante a pandemia de covid-19: perguntaram tudo a elas

Detalhes bibliográficos
Principais autores: Abrão Rodrigues Neto, Luciana Hartmann
Formato: Online
Publicado em: 2024
Assuntos:
Acesso em linha:https://doi.org/10.5965/23580925242020029
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abstract O artigo apresenta a importância de incluir as crianças nos processos de produção de pesquisas científicas. Foram elaborados questionários com a participação de crianças de 6 a 12 anos de idade que se encontravam em isolamento social decorrente da pandemia de Covid-19.
coverage A pesquisa valorizou a capacidade imaginativa, criativa e de descrição (fabulação) das crianças em relação à Covid-19 e as novas dinâmicas de vida no período de isolamento social. Também mostrou que será de grande valia, se tomarmos as crianças como parceiras no processo de elaboração da pesquisa, porque darão contribuições bastante relevantes, visto que são provavelmente, mais interessadas que os adultos em cada estágio do trabalho. Muitas delas estão acostumadas a questionar, investigar e aceitar resultados inesperados; mudar de ideia e assumir que seus conhecimentos são incompletos e provisórios. Tudo isso pode ser observado nas respostas dos questionários, os quais muitas crianças responderam na forma de perguntas. Por exemplo: quando foram perguntadas assim: "Como você gostaria que fossem as aulas durante a pandemia?", uma criança respondeu: “Mas precisa mesmo ter aula?”. Outras, quando perguntadas “Se você pudesse falar com o coronavírus, o que você gostaria de dizer-lhe?”, elas responderam: “Você tem ideia do que você está fazendo com o planeta Terra?”. O artigo traz ainda outras “respostas-perguntas”, o que é muito interessante, quando refletimos sobre a forma de as crianças pensarem por perguntas, bem como desse questionamento frequente. Isso nos leva a crer que, como vem sendo defendido em outros trabalhos, as crianças têm grande potencial de pesquisadoras. Elas se colocam como partícipe das questões em voga, o que auxilia, na realização e no aperfeiçoamento da pesquisa. Com isso, a autora elabora as pesquisas científicas em função dos resultados provenientes dos dados produzidos quando da interação com o interlocutor. Cabe ressaltar, que não se trata de uma coleta de dados, mas de uma produção de dados vinda da reciprocidade interativa entre jovens e crianças. Percebe-se, que, durante a realização de uma pesquisa com crianças, o pesquisador precisa repensar sua própria identidade, abdicando do tradicional papel de gestor de todo o processo, para conceber uma cogestão do trabalho investigativo e manter constante exercício da criatividade. E isso deve ser feito sempre em diálogo com a própria criança, levando-se em consideração a instabilidade dos processos, pois cada contexto é um, cada dia é um e cada criança, por sua vez, também é uma criança. Da interação com as crianças, produziram-se os dados analisados pela autora e por um coletivo de pesquisas. Assim, entende-se cada vez mais que as produções científicas são coletivas, e destaca-se o desejo de que no futuro, as próprias crianças possam também assinar esses artigos. Atualmente, a autora conjuntamente com a equipe de pesquisa dela, envolveu-se em um projeto muito maior e em rede, que visa a políticas públicas as quais priorizem a integração de crianças imigrantes e refugiadas em escolas brasileiras. A proposta é que encontros que congreguem professores de ensino superior e de educação básica, assistentes sociais, estudantes, gestores/as sejam realizados para discutir o tema.
O artigo descreve e analisa a importância de ouvir e envolver as crianças nos processos de produção de pesquisas científicas, principalmente as que são relacionadas a elas. A participação direta das crianças na formulação, reformulação e aplicação dos questionários elaborados para esse estudo contribuiu não só para alcançar os objetivos propostos, como também para fortalecer suas ações, autonomia e familiarizar-se com a realidade temática. A proposta de estudo, as experiências, as dinâmicas de interação e as discussões em relação às perguntas que compõem os questionários foram feitas de maneira compartilhada entre adultos (os pais) e algumas crianças de 6 a 12 anos de idade que se encontravam em isolamento social decorrente da pandemia de Covid-19. A ideia de produzir esse artigo surgiu em Lisboa (Portugal), quando, depois de algumas semanas de espanto, exaustão e reflexão decorrentes da propagação do vírus, a pesquisadora decidiu encontrar formas alternativas de desenvolver a pesquisa – que deveria ser presencial, partindo de interações no ambiente escolar - com as crianças. Naquele momento delicado de quarentena e isolamento social, a solução encontrada foi começar perguntando às próprias crianças sobre o tema em questão, e com a ajuda delas, os questionários foram elaborados. Perguntar é uma ação presente na vida de todo ser humano, muitas vezes, proporciona e estimula nas crianças o interesse pelas ciências, o ânimo em realizar as pesquisas escolares, pois através das perguntas, desperta-lhes a curiosidade e assim, elas conseguem explorar diversos assuntos. Nesse contexto, o artigo abordou aspectos diretamente relacionados às seguintes perguntas: como e o que perguntar às crianças em uma situação de pandemia do coronavírus? E quais foram as respostas-perguntas delas aos questionamentos feitos. Essas reflexões se inserem em uma perspectiva ética e metodológica, nas quais as crianças são consideradas sujeitos “partícipes” da pesquisa, capazes de refletir sobre suas próprias vivências, não apenas no processo de produção de dados, mas também no de planejamento e, até, de análise dos mesmos. O artigo começa com três perguntas feitas pelo menino Atos, de sete anos. Por que as mães ficam nervosas? Quando o coronavírus vai embora? Quem mandou o coronavírus? Essas e outras formas de realização fazem parte das estratégias que vêm sendo usadas há anos pela pesquisadora Luciana Hartmann, do Departamento de Artes Cênicas da Universidade de Brasília. Hartman, não valoriza apenas o que é contado, mas como é contado, para isso apoia-se tanto em narrativas orais quanto naquelas analisadas pelo campo de estudos da performance ou da antropologia da performance.
Figura 1 - Desenho feito por Azul, de 7 anos
Para realização desta pesquisa foi elaborado um questionário eletrônico que contou com um conjunto de 54 perguntas que falavam sobre: medidas de isolamento social decorrentes da pandemia do coronavírus, adaptação ao ensino remoto, mudanças na rotina, compreensão do vírus, fechamento das escolas, entre outras. Foram disponibilizadas as seguintes possibilidades de respostas: múltipla escolha, caixa de seleção e respostas discursivas. Também foram abertas opções para que as crianças enviassem fotos, vídeos e áudios. O formulário foi pensado e enviado primeiramente para colegas professores e alguns alunos/as de pós-graduação para que pedissem a opinião de seus filhos/as - se eles/as tinham críticas, acréscimos ou sugestões de novas perguntas. Somente após o recebimento de todos os feedbacks dessas crianças, o questionário foi adaptado e enviado para as outras, iniciando-se, assim, o presente estudo. Ao longo do processo, a pesquisadora buscou também observar as reações das crianças em relação ao tema proposto. Desse modo, diversas crianças deram suas contribuições para a confecção e organização do próprio formulário eletrônico, o que foi fundamental, como já explicado anteriormente. Os dados puderam ser coletados em um espaço curto de tempo, já que as respostas podiam ser dadas em alguns minutos, o que facilitou o andamento da pesquisa. As 118 respostas obtidas foram consideradas válidas. Dentre os participantes, 114 são crianças brasileiras, das cinco regiões do país; 3 portuguesas e 1 francesa. É importante frisar que todas as respostas foram anônimas e contaram com o consentimento do/a adulto/a responsável e da própria criança. Para efetivação do resultado foi preciso computar e analisar todas as respostas obtidas durante a aplicação dos questionários.
institution Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
publishDate 2024
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Muitas delas estão acostumadas a questionar, investigar e aceitar resultados inesperados; mudar de ideia e assumir que seus conhecimentos são incompletos e provisórios. Tudo isso pode ser observado nas respostas dos questionários, os quais muitas crianças responderam na forma de perguntas. Por exemplo: quando foram perguntadas assim: "Como você gostaria que fossem as aulas durante a pandemia?", uma criança respondeu: “Mas precisa mesmo ter aula?”. Outras, quando perguntadas “Se você pudesse falar com o coronavírus, o que você gostaria de dizer-lhe?”, elas responderam: “Você tem ideia do que você está fazendo com o planeta Terra?”. O artigo traz ainda outras “respostas-perguntas”, o que é muito interessante, quando refletimos sobre a forma de as crianças pensarem por perguntas, bem como desse questionamento frequente. Isso nos leva a crer que, como vem sendo defendido em outros trabalhos, as crianças têm grande potencial de pesquisadoras. Elas se colocam como partícipe das questões em voga, o que auxilia, na realização e no aperfeiçoamento da pesquisa. Com isso, a autora elabora as pesquisas científicas em função dos resultados provenientes dos dados produzidos quando da interação com o interlocutor. Cabe ressaltar, que não se trata de uma coleta de dados, mas de uma produção de dados vinda da reciprocidade interativa entre jovens e crianças. Percebe-se, que, durante a realização de uma pesquisa com crianças, o pesquisador precisa repensar sua própria identidade, abdicando do tradicional papel de gestor de todo o processo, para conceber uma cogestão do trabalho investigativo e manter constante exercício da criatividade. E isso deve ser feito sempre em diálogo com a própria criança, levando-se em consideração a instabilidade dos processos, pois cada contexto é um, cada dia é um e cada criança, por sua vez, também é uma criança. Da interação com as crianças, produziram-se os dados analisados pela autora e por um coletivo de pesquisas. Assim, entende-se cada vez mais que as produções científicas são coletivas, e destaca-se o desejo de que no futuro, as próprias crianças possam também assinar esses artigos. Atualmente, a autora conjuntamente com a equipe de pesquisa dela, envolveu-se em um projeto muito maior e em rede, que visa a políticas públicas as quais priorizem a integração de crianças imigrantes e refugiadas em escolas brasileiras. A proposta é que encontros que congreguem professores de ensino superior e de educação básica, assistentes sociais, estudantes, gestores/as sejam realizados para discutir o tema. O artigo descreve e analisa a importância de ouvir e envolver as crianças nos processos de produção de pesquisas científicas, principalmente as que são relacionadas a elas. A participação direta das crianças na formulação, reformulação e aplicação dos questionários elaborados para esse estudo contribuiu não só para alcançar os objetivos propostos, como também para fortalecer suas ações, autonomia e familiarizar-se com a realidade temática. A proposta de estudo, as experiências, as dinâmicas de interação e as discussões em relação às perguntas que compõem os questionários foram feitas de maneira compartilhada entre adultos (os pais) e algumas crianças de 6 a 12 anos de idade que se encontravam em isolamento social decorrente da pandemia de Covid-19. A ideia de produzir esse artigo surgiu em Lisboa (Portugal), quando, depois de algumas semanas de espanto, exaustão e reflexão decorrentes da propagação do vírus, a pesquisadora decidiu encontrar formas alternativas de desenvolver a pesquisa – que deveria ser presencial, partindo de interações no ambiente escolar - com as crianças. Naquele momento delicado de quarentena e isolamento social, a solução encontrada foi começar perguntando às próprias crianças sobre o tema em questão, e com a ajuda delas, os questionários foram elaborados. Perguntar é uma ação presente na vida de todo ser humano, muitas vezes, proporciona e estimula nas crianças o interesse pelas ciências, o ânimo em realizar as pesquisas escolares, pois através das perguntas, desperta-lhes a curiosidade e assim, elas conseguem explorar diversos assuntos. Nesse contexto, o artigo abordou aspectos diretamente relacionados às seguintes perguntas: como e o que perguntar às crianças em uma situação de pandemia do coronavírus? E quais foram as respostas-perguntas delas aos questionamentos feitos. Essas reflexões se inserem em uma perspectiva ética e metodológica, nas quais as crianças são consideradas sujeitos “partícipes” da pesquisa, capazes de refletir sobre suas próprias vivências, não apenas no processo de produção de dados, mas também no de planejamento e, até, de análise dos mesmos. O artigo começa com três perguntas feitas pelo menino Atos, de sete anos. Por que as mães ficam nervosas? Quando o coronavírus vai embora? Quem mandou o coronavírus? Essas e outras formas de realização fazem parte das estratégias que vêm sendo usadas há anos pela pesquisadora Luciana Hartmann, do Departamento de Artes Cênicas da Universidade de Brasília. Hartman, não valoriza apenas o que é contado, mas como é contado, para isso apoia-se tanto em narrativas orais quanto naquelas analisadas pelo campo de estudos da performance ou da antropologia da performance. Figura 1 - Desenho feito por Azul, de 7 anos Para realização desta pesquisa foi elaborado um questionário eletrônico que contou com um conjunto de 54 perguntas que falavam sobre: medidas de isolamento social decorrentes da pandemia do coronavírus, adaptação ao ensino remoto, mudanças na rotina, compreensão do vírus, fechamento das escolas, entre outras. Foram disponibilizadas as seguintes possibilidades de respostas: múltipla escolha, caixa de seleção e respostas discursivas. Também foram abertas opções para que as crianças enviassem fotos, vídeos e áudios. O formulário foi pensado e enviado primeiramente para colegas professores e alguns alunos/as de pós-graduação para que pedissem a opinião de seus filhos/as - se eles/as tinham críticas, acréscimos ou sugestões de novas perguntas. Somente após o recebimento de todos os feedbacks dessas crianças, o questionário foi adaptado e enviado para as outras, iniciando-se, assim, o presente estudo. Ao longo do processo, a pesquisadora buscou também observar as reações das crianças em relação ao tema proposto. Desse modo, diversas crianças deram suas contribuições para a confecção e organização do próprio formulário eletrônico, o que foi fundamental, como já explicado anteriormente. Os dados puderam ser coletados em um espaço curto de tempo, já que as respostas podiam ser dadas em alguns minutos, o que facilitou o andamento da pesquisa. As 118 respostas obtidas foram consideradas válidas. Dentre os participantes, 114 são crianças brasileiras, das cinco regiões do país; 3 portuguesas e 1 francesa. É importante frisar que todas as respostas foram anônimas e contaram com o consentimento do/a adulto/a responsável e da própria criança. Para efetivação do resultado foi preciso computar e analisar todas as respostas obtidas durante a aplicação dos questionários. Como fazer pesquisa com crianças em tempos de pandemia? Perguntemos a elas O artigo apresenta a importância de incluir as crianças nos processos de produção de pesquisas científicas. Foram elaborados questionários com a participação de crianças de 6 a 12 anos de idade que se encontravam em isolamento social decorrente da pandemia de Covid-19. 2024-01-24 https://doi.org/10.5965/23580925242020029 Linguística, Letras e Artes Rodrigues Neto (2024) Para realização desta pesquisa foi elaborado um questionário eletrônico que contou com um conjunto de 54 perguntas que falavam sobre: medidas de isolamento social decorrentes da pandemia do coronavírus, adaptação ao ensino remoto, mudanças na rotina, compreensão do vírus, fechamento das escolas, entre outras. Foram disponibilizadas as seguintes possibilidades de respostas: múltipla escolha, caixa de seleção e respostas discursivas. Também foram abertas opções para que as crianças enviassem fotos, vídeos e áudios. 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