Qual ensino queremos? Elementos para uma discussão sobre a metodologia de Paulo Freire na educação dos adultos

Detalhes bibliográficos
Principais autores: Carlos Henrique Chaves da Silva, Filomena Maria Avelina Bomfim
Formato: Online
Publicado em: 2022
Assuntos:
Acesso em linha:https://canalciencia.ibict.br/ciencia-em-sintese/artigo?item_id=27742
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abstract Este artigo, adaptou e inseriu a metodologia Freiriana, no contexto teatral enquanto prática educacomunicativa, para demonstrar que e possível alfabetizar os Adultos a distância por meio do aplicativo WhatsApp.
coverage A metodologia de Paulo Freire foi utilizada não só com a preocupação de resgatar o estímulo e as histórias de vida dos estudantes do EJA no contexto teatral, mas também para intensificar uma educação voltada para resolver os problemas sociais considerando a necessidade de se elevar a autoestima desses estudantes. É fundamental não provocar efeitos traumáticos no percurso de aprendizagem, e sim proporcionar melhorias na busca de caminhos que possam guiar o fortalecimento do conhecimento adquirido. Para tal, a educação precisa permanecer exercendo sua função social de organizar e produzir aspectos culturais. O estudo mostra que depois da avaliação de todo percurso, resumido em 28 encontros, foi possível observar, com base nos assuntos desenvolvidos conceitos, a evolução gradual dos estudantes, apesar de os primeiros contatos terem sido muito tímidos. Tal característica foi, em muito, motivada pelo desconhecimento e dificuldades no uso da tecnologia, associados à vergonha de se expressar. Mas com o tempo surgiram novas posturas, e com o desenrolar das atividades propostas os participantes começaram a buscar a conquista de seu protagonismo. A pesquisa demonstrou ainda que o teatro, além de promover um processo prazeroso e instigante de ensino-aprendizagem, também constitui um dispositivo capaz de propiciar uma trajetória rumo a uma alfabetização on-line mais consciente. O teatro, como prática educacomunicativa, promoveu transformações, porque por meio dele os estudantes experimentaram a liberdade de escolher personagens relacionados às suas próprias histórias de vida, conseguindo expressar as alegrias, os sonhos, as tristezas e as angústias que tinham, enquanto adultos em busca da alfabetização. No que toca à utilização do aplicativo WhatsApp, pode-se dizer que foi uma ferramenta determinante para a pesquisa. Como os estudantes tiveram que aprender a utilizar o dispositivo para gravar áudios, vídeos e enviar mensagens, a autoconfiança que sentiram ao dominar a tecnologia levou-os a acreditar que seriam capazes de também aprender a ler e a escrever com muita naturalidade. O celular se transformou, desse modo, em algo maior que um equipamento para falar ou mandar mensagens para outras pessoas; passou a ser um meio através do qual os estudantes protagonizaram o seu processo de alfabetização, sob a orientação de um educomunicador-pesquisador. O estudo enfatiza o papel da educacomunição para o avanço da pesquisa: além de viabilizá-la, estabeleceu vias de comunicação igualitária, possibilitando a valorização do estudante enquanto cidadão com índole inovadora e participativa, contribuindo, assim, para o envolvimento e a integração de outras áreas do conhecimento. Isso permitiu uma fluidez constante nos diálogos estabelecidos. A pesquisa concluiu que o conjunto de ações desenvolvidas para promover a alfabetização libertadora foi bem-sucedida, já que possibilitou o diálogo, o ensino do uso de ferramentas tecnológicas, a construção de narrativas, a alfabetização, além do compartilhamento de experiências e das histórias de vida desses estudantes.
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As novas diretrizes da educação, mediante o surgimento das novas tecnologias de informação e comunicação, colaboram com a educação formal, reforçando a importância de o professor realizar de forma contínua os exercícios de “aprender a aprender”, através da utilização de boas práticas na busca de informação, ou seja, ser ético, crítico e reflexivo. Com isso, desenvolve-se autonomia e competências pedagógico-didáticas sobre seu conhecimento, sobretudo em relação aos aspectos técnicos das ferramentas a serem utilizadas dentro e fora de sala de aula, a fim de auxiliar na compreensão dos alunos. Lembrando que há obrigatoriedade de o educador guiar os educandos a reconhecerem as necessidades de informar-se e de informar as outras pessoas. Foi com base nessa perspectiva, que essa pesquisa adaptou e inseriu a metodologia Freiriana no contexto do teatro enquanto prática educomunicativa, para demonstrar que é possível alfabetizar os adultos a distância por meio do aplicativo WhatsApp. Assim, o pesquisador, jornalista, ator e professor voluntário de teatro de pessoas com Deficiência Intelectual e Múltipla, Carlos Henrique Chaves da Silva e Filomena Maria Avelina Bomfim, buscaram comprovar e compreender, por meio do método de Paulo Freire, os motivos do desinteresse dos estudantes do EJA pela escola e possibilidades para revertê-lo. É importantíssimo salientar que recorrer ao jogo teatral para construir as práticas educomunicativas, não foi uma tarefa fácil, pois, além de exigir uma metodologia extremamente eficaz para atrair o interesse dos adultos pelo conteúdo, também demandou o acionamento de experiências de vida, o conhecimento de determinados círculos culturais e expansão vocabular, isto é, conhecer e utilizar as palavras.
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O estudo parte da ideia da utilização do jogo teatral como prática educomunicativa, tornando-a parte do contexto e um elemento que busque despertar o interesse dos adultos do EJA matriculados na Escola Municipal Maria Teresa, em São João Del Rei-MG. Como a pesquisa aborda reflexões sobre as práticas educomunicativas no âmbito do desenvolvimento socioeducativo numa visão mais ampla, foi necessário recorrer à metodologia de pesquisa-ação, devido a sua abordagem qualitativa. Esse recurso metodológico permite o uso da pesquisa social e indutiva que pode ser exercida em estreita associação com uma ação, uma vez que procura solucionar problemas coletivos envolvendo pesquisadores e participantes. A pesquisa-ação, nesse contexto, busca investigar qualquer fenômeno e transformá-lo em item solucionador de problemas sociais, porém, o ato de pesquisar e planejar a ação deve ser levado em consideração antes da introdução do teatro em matérias de alfabetização dos adultos, pois são essenciais. Assim, foram realizados diagnósticos, seminários, avaliações e reavaliações constantes que envolveram o pesquisador e todos os participantes. Para o andamento da pesquisa foi escolhida uma turma multisseriada, do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, contendo 12 alunos matriculados, destes somente cinco, com a idade entre 45 e 60 anos, aceitaram participar da pesquisa. É importante lembrar que essas pessoas nunca haviam frequentado a escola e/ou desistiram no meio do percurso pela falta de oportunidade ou de incentivo dos pais, o que era bastante recorrente há algumas décadas. Foi criado um grupo no aplicativo WhatsApp pela coordenadora e professora, todos os participantes incluindo o pesquisador foram convidados a fazer parte e ingressar na sala virtual. A inclusão da interface do aplicativo como parte do processo em diferentes campos de ação abre espaço para debater as práticas educacomunicativas, suas orientações pedagógicas e suas consequências como método apropriado que possa proporcionar mudança social. Foi estabelecido o compromisso de que estudantes, professores e pesquisadores se reunissem uma vez por semana, durante uma hora, pelo aplicativo WhatsApp. Os estudantes sempre eram lembrados previamente do horário da aula e sobre a necessidade de deixarem o celular carregado.
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publishDate 2022
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Para tal, a educação precisa permanecer exercendo sua função social de organizar e produzir aspectos culturais. O estudo mostra que depois da avaliação de todo percurso, resumido em 28 encontros, foi possível observar, com base nos assuntos desenvolvidos conceitos, a evolução gradual dos estudantes, apesar de os primeiros contatos terem sido muito tímidos. Tal característica foi, em muito, motivada pelo desconhecimento e dificuldades no uso da tecnologia, associados à vergonha de se expressar. Mas com o tempo surgiram novas posturas, e com o desenrolar das atividades propostas os participantes começaram a buscar a conquista de seu protagonismo. A pesquisa demonstrou ainda que o teatro, além de promover um processo prazeroso e instigante de ensino-aprendizagem, também constitui um dispositivo capaz de propiciar uma trajetória rumo a uma alfabetização on-line mais consciente. O teatro, como prática educacomunicativa, promoveu transformações, porque por meio dele os estudantes experimentaram a liberdade de escolher personagens relacionados às suas próprias histórias de vida, conseguindo expressar as alegrias, os sonhos, as tristezas e as angústias que tinham, enquanto adultos em busca da alfabetização. No que toca à utilização do aplicativo WhatsApp, pode-se dizer que foi uma ferramenta determinante para a pesquisa. Como os estudantes tiveram que aprender a utilizar o dispositivo para gravar áudios, vídeos e enviar mensagens, a autoconfiança que sentiram ao dominar a tecnologia levou-os a acreditar que seriam capazes de também aprender a ler e a escrever com muita naturalidade. O celular se transformou, desse modo, em algo maior que um equipamento para falar ou mandar mensagens para outras pessoas; passou a ser um meio através do qual os estudantes protagonizaram o seu processo de alfabetização, sob a orientação de um educomunicador-pesquisador. O estudo enfatiza o papel da educacomunição para o avanço da pesquisa: além de viabilizá-la, estabeleceu vias de comunicação igualitária, possibilitando a valorização do estudante enquanto cidadão com índole inovadora e participativa, contribuindo, assim, para o envolvimento e a integração de outras áreas do conhecimento. Isso permitiu uma fluidez constante nos diálogos estabelecidos. A pesquisa concluiu que o conjunto de ações desenvolvidas para promover a alfabetização libertadora foi bem-sucedida, já que possibilitou o diálogo, o ensino do uso de ferramentas tecnológicas, a construção de narrativas, a alfabetização, além do compartilhamento de experiências e das histórias de vida desses estudantes. imagem imagem imagem imagem imagem imagem As novas diretrizes da educação, mediante o surgimento das novas tecnologias de informação e comunicação, colaboram com a educação formal, reforçando a importância de o professor realizar de forma contínua os exercícios de “aprender a aprender”, através da utilização de boas práticas na busca de informação, ou seja, ser ético, crítico e reflexivo. Com isso, desenvolve-se autonomia e competências pedagógico-didáticas sobre seu conhecimento, sobretudo em relação aos aspectos técnicos das ferramentas a serem utilizadas dentro e fora de sala de aula, a fim de auxiliar na compreensão dos alunos. Lembrando que há obrigatoriedade de o educador guiar os educandos a reconhecerem as necessidades de informar-se e de informar as outras pessoas. Foi com base nessa perspectiva, que essa pesquisa adaptou e inseriu a metodologia Freiriana no contexto do teatro enquanto prática educomunicativa, para demonstrar que é possível alfabetizar os adultos a distância por meio do aplicativo WhatsApp. Assim, o pesquisador, jornalista, ator e professor voluntário de teatro de pessoas com Deficiência Intelectual e Múltipla, Carlos Henrique Chaves da Silva e Filomena Maria Avelina Bomfim, buscaram comprovar e compreender, por meio do método de Paulo Freire, os motivos do desinteresse dos estudantes do EJA pela escola e possibilidades para revertê-lo. É importantíssimo salientar que recorrer ao jogo teatral para construir as práticas educomunicativas, não foi uma tarefa fácil, pois, além de exigir uma metodologia extremamente eficaz para atrair o interesse dos adultos pelo conteúdo, também demandou o acionamento de experiências de vida, o conhecimento de determinados círculos culturais e expansão vocabular, isto é, conhecer e utilizar as palavras. imagem imagem imagem imagem imagem imagem O estudo parte da ideia da utilização do jogo teatral como prática educomunicativa, tornando-a parte do contexto e um elemento que busque despertar o interesse dos adultos do EJA matriculados na Escola Municipal Maria Teresa, em São João Del Rei-MG. Como a pesquisa aborda reflexões sobre as práticas educomunicativas no âmbito do desenvolvimento socioeducativo numa visão mais ampla, foi necessário recorrer à metodologia de pesquisa-ação, devido a sua abordagem qualitativa. Esse recurso metodológico permite o uso da pesquisa social e indutiva que pode ser exercida em estreita associação com uma ação, uma vez que procura solucionar problemas coletivos envolvendo pesquisadores e participantes. A pesquisa-ação, nesse contexto, busca investigar qualquer fenômeno e transformá-lo em item solucionador de problemas sociais, porém, o ato de pesquisar e planejar a ação deve ser levado em consideração antes da introdução do teatro em matérias de alfabetização dos adultos, pois são essenciais. Assim, foram realizados diagnósticos, seminários, avaliações e reavaliações constantes que envolveram o pesquisador e todos os participantes. Para o andamento da pesquisa foi escolhida uma turma multisseriada, do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, contendo 12 alunos matriculados, destes somente cinco, com a idade entre 45 e 60 anos, aceitaram participar da pesquisa. É importante lembrar que essas pessoas nunca haviam frequentado a escola e/ou desistiram no meio do percurso pela falta de oportunidade ou de incentivo dos pais, o que era bastante recorrente há algumas décadas. Foi criado um grupo no aplicativo WhatsApp pela coordenadora e professora, todos os participantes incluindo o pesquisador foram convidados a fazer parte e ingressar na sala virtual. A inclusão da interface do aplicativo como parte do processo em diferentes campos de ação abre espaço para debater as práticas educacomunicativas, suas orientações pedagógicas e suas consequências como método apropriado que possa proporcionar mudança social. Foi estabelecido o compromisso de que estudantes, professores e pesquisadores se reunissem uma vez por semana, durante uma hora, pelo aplicativo WhatsApp. Os estudantes sempre eram lembrados previamente do horário da aula e sobre a necessidade de deixarem o celular carregado. imagem O teatro na alfabetização de adultos: Paulo Freire em tempos de pandemia Este artigo, adaptou e inseriu a metodologia Freiriana, no contexto teatral enquanto prática educacomunicativa, para demonstrar que e possível alfabetizar os Adultos a distância por meio do aplicativo WhatsApp. 2022-11-30 Ciências Humanas O estudo parte da ideia da utilização do jogo teatral como prática educomunicativa, tornando-a parte do contexto e um elemento que busque despertar o interesse dos adultos do EJA matriculados na Escola Municipal Maria Teresa, em São João Del Rei-MG. Como a pesquisa aborda reflexões sobre as práticas educomunicativas no âmbito do desenvolvimento socioeducativo numa visão mais ampla, foi necessário recorrer à metodologia de pesquisa-ação, devido a sua abordagem qualitativa. Esse recurso metodológico permite o uso da pesquisa social e indutiva que pode ser exercida em estreita associação com uma ação, uma vez que procura solucionar problemas coletivos envolvendo pesquisadores e participantes. A pesquisa-ação, nesse contexto, busca investigar qualquer fenômeno e transformá-lo em item solucionador de problemas sociais, porém, o ato de pesquisar e planejar a ação deve ser levado em consideração antes da introdução do teatro em matérias de alfabetização dos adultos, pois são essenciais. Assim, foram realizados diagnósticos, seminários, avaliações e reavaliações constantes que envolveram o pesquisador e todos os participantes. Para o andamento da pesquisa foi escolhida uma turma multisseriada, do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, contendo 12 alunos matriculados, destes somente cinco, com a idade entre 45 e 60 anos, aceitaram participar da pesquisa. É importante lembrar que essas pessoas nunca haviam frequentado a escola e/ou desistiram no meio do percurso pela falta de oportunidade ou de incentivo dos pais, o que era bastante recorrente há algumas décadas. Foi criado um grupo no aplicativo WhatsApp pela coordenadora e professora, todos os participantes incluindo o pesquisador foram convidados a fazer parte e ingressar na sala virtual. A inclusão da interface do aplicativo como parte do processo em diferentes campos de ação abre espaço para debater as práticas educacomunicativas, suas orientações pedagógicas e suas consequências como método apropriado que possa proporcionar mudança social. Foi estabelecido o compromisso de que estudantes, professores e pesquisadores se reunissem uma vez por semana, durante uma hora, pelo aplicativo WhatsApp. Os estudantes sempre eram lembrados previamente do horário da aula e sobre a necessidade de deixarem o celular carregado. imagem https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/27742 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/de8de8a876c9c51b787807e8c3141397ea975b90.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/d044ce194c7eb2b27cadd0eec22bd6cb4eed830a.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/e74eb48477d81a11fe5e012670565c72399aba76.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/18e392e5ac7b7c3a4dded4bdb7783423937e97c4.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/7afea21b4bbd40540e7fec4eff811943d6c94962.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/3b844057c42721645c72b1c76571304e17e8d5cc.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/3e1df2bfb258019aff6c9ded2a6d0938a47ec0d7.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/a8517a262ba4e775a9c7dc026f685e590d8af12b.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/3af91253e653794d21a68dc8f9e4e602d8f726f0.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/9a16de4b7be35f53b40de1d425c3608fad7852f3.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/58debae85af545db6ef0f0d876a3ee8a3f58a574.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/3bf505d214d0b5f0280bb00e208ea335fab4288c.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/5e333d377e0dfff47623a8f4eed4183209ec8e17.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/4f142fd1412f1e967874e6cf3f8a2fdf768a736a.jpg