Graziela Maciel Barroso

A botânica Graziela Maciel Barroso, nasceu em 11/041912, filha de Salustino Antunes Maciel e Alzira Martins Maciel, apesar de ter sido educada para ser dona de casa e ter se casado aos 16 anos, com o agrônomo Liberato Joaquim Barroso, tornou-se uma referência na área de sistemática de plantas, um r...

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Detalhes bibliográficos
Formato: Online
Publicado em: 2019
Acesso em linha:https://canalciencia.ibict.br/historia-das-ciencias/cientista?item_id=27008
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Resumo:A botânica Graziela Maciel Barroso, nasceu em 11/041912, filha de Salustino Antunes Maciel e Alzira Martins Maciel, apesar de ter sido educada para ser dona de casa e ter se casado aos 16 anos, com o agrônomo Liberato Joaquim Barroso, tornou-se uma referência na área de sistemática de plantas, um ramo da botânica dedicado a descobrir, descrever e interpretar os diversos tipos de vegetais. Morou em vários lugares, por causa do trabalho do marido. Com 30 anos e os filhos crescidos, dedicou-se a aprender botânica em casa com o auxílio do esposo. Responsável pela catalogação de vegetais das diferentes regiões do Brasil, tem cerca de 25 plantas batizadas com seu nome e é responsável pela formação de gerações de biólogos. Teve uma trajetória acadêmica inusitada. Aos 30 anos começou a trabalhar no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, ingressando no curso de biologia da Universidade do Estado da Guanabara aos 47 anos e defendendo tese de doutorado aos 60. A cientista também escreveu dois livros adotados como referência por cursos de botânica: "Sistemática de angiospermos do Brasil, em 3 volumes, e Frutos e sementes - morfologia aplicada à sistemática de dicotiledôneas". Como professora, Graziela atuou Universidades Federais do Rio de Janeiro e de Pernambuco (UFRJ e UFPE), na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Universidade de Brasília (UnB). Também foi a única brasileira a receber, nos Estados Unidos, a medalha Millenium Botany Award, entregue a botânicos dedicados à formação de pessoal na área. Em 1977, desfilou como destaque na Escola de Samba Unidos da Tijuca, com o enredo que homenageava os 189 anos do JBRJ- Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Foi indicada para a Academia Brasileira de Ciências, porém faleceu em 05 de maio de 2003, um mês antes de ser empossada.