Adolpho Lutz

Gustav Lutz (comerciante) e sua esposa Mathilde Oberteuffer, oriundos de famílias tradicionais de Berna (Suíça) - desde o século XVI vinculadas à corporação de ofício dos carpinteiros, com direito de votar e portar armas; seu pai Friedrich Bernard Jacob Lutz (1785-1861), avô de Lutz, destacou-se na...

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Formato: Online
Publicado em: 2022
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Adolfo estudou medicina na Universidade de Berna (Suíça), graduando-se em 1879. Na sequência, estudou técnicas de medicina experimental em vários centros médicos de Londres [contemporâneo de Joseph Lister]; Lípsia; Viena; Praga e Paris, cidade onde estudou com Louis Pasteur. Por opção, retornou ao Brasil aos 26 anos em 1881 quando completou os estudos, para atuar em saúde pública, instalando-se em Limeira - SP, por seis anos. Como clínico atendia à população carente, numa época de grande infestação de febres amarela e tifóide, além de cólera, malária e tuberculose. Casou-se com a inglesa Amy Marie Gertrude Fowler, gerando os filhos: Bertha Lutz (brasileira), Guálter Adolfo Lutz (brasileiro) e Laura Bertha Lutz (suiça). Viajava frequentemente à Europa para acompanhar as novidades dos centros científicos, trazendo-as para o Brasil Imperial. Pesquisou em Hamburgo (Alemanha), as causas da lepra, com o professor Paul Gerson Unna, especializando-se em doenças infecciosas e em medicina tropical. Como boa parte da população do Havaí fora dizimada em 1889, por essa enfermidade, Lutz instalou-se em Honolulu entre 1889/90 e 1892/93 até a erradicação da doença. Nessa época, assumiu a direção do Hospital Khalili, na ilha de Molokai. Depois disso, trabalhou na Califórnia- (Estados Unidos), antes de retornar ao Brasil em 1892, a convite do governador de São Paulo para dirigir nos anos de 1893 a 1908, o recém criado Instituto de Bacteriologia, seguindo o modelo de laboratório de saúde pública. do Instituto Pasteur de Paris, Lutz atuava nas atividades laboratoriais e nas “missões científicas”, com trabalhos de campo para a elucidação da epidemiologia de doenças emergentes ou crônicas, como: febre amarela, cólera, peste e das “febres paulistas''. Ocorreu em Santos - SP uma severa epidemia de peste bubônica, onde Adolfo juntou-se a outros dois jovens médicos, Emílio Ribas e Vital Brazil na tentativa de estudar e erradicar a doença. Com o sanitarista Ribas, desenvolveu experimentos pioneiros, tornando-se o primeiro cientista latino-americano a estudar e confirmar os mecanismos de transmissão vetorial da febre amarela pelo mosquito Aedes aegypti. Sendo amigo de Vital Brazil, apoiou as pesquisas pioneiras sobre antídotos para picadas de cobra, cujo marco foi a criação do Instituto Butantan, em São Paulo. Protagonizou, também, medidas de saúde pública relativas ao controle dos surtos de febre amarela em São Paulo, com o uso de produtos químicos: pó de enxofre e fumaça de pó de piretro e para combater as larvas, usava querosene e essência de terebintina, nas águas paradas. Adolfo foi o responsável pela observação e identificação, pela primeira vez no Brasil em 1908, da Blastomicose Sul-Americana, também conhecida como Paracoccidioidomicose, Blastomicose brasileira ou moléstia de Lutz, que acomete o pulmão, originando manifestações clínicas de lesões da mucosa oral, faringe e laringe, principalmente na língua as quais podem simular carcinoma. Dedicava-se com afinco à saúde pública desenvolvendo pesquisas sobre várias epidemias como a cólera, peste bubônica, febre tifóide, malária, ancilostomíase, esquistossomose e leishmaniose, em diversas regiões brasileiras, fez expedições pela região do rio São Francisco e ao Nordeste, e pelas florestas serranas do estado de São Paulo. Reconhecido pela forma de contextualizar seus escritos com dados históricos “Dou em seguida uma relação das observações e dos estudos que tive ocasião de fazer no estado do Pará… Principiarei o meu estudo com alguns dados históricos e geográficos … em Marajó, que é hoje considerada como foco principal da peste das cadeiras, essa epizootia não tem reinado sempre. Sabe-se que antes de 1828, os cavalos em toda a ilha existiam em número enorme, o que claramente indica não ter existido a peste naquela ocasião…” Impressionava o estilo de narrativa do texto, próximo ao literário, conforme registro da viagem ao vale do rio São Francisco: “Quando se iniciou nossa viagem (este percurso ele fez com o colega Astrogildo Machado), a estação da seca já estava bem estabelecida. Não houve chuvas durante todo o tempo da excursão, apenas uma ou duas exceções. Em conseqüência disso as margens do rio tornaram-se cada vez mais áridas, até que, chegados a Juazeiro, encontramos os arrabaldes com aspecto que lembrava o deserto, por estar toda a vegetação queimada pelo sol e muitas árvores sem folhas.” Detalhou a fauna local assim “…Na mesma proporção diminuiu a vida dos insetos e outros pequenos animais. Disso ressentiram-se as coleções, porque as zonas percorridas, em estação mais favorável, sem dúvida, teriam sido mais ricas, posto que se trate de região relativamente pobre.” Em decorrência de uma polêmica na cidade de São Paulo, Adolfo Lutz afirmava que a tuberculose bovina, através do leite da vaca, poderia ser transmitida aos humanos, sendo ridicularizado por médicos que apoiavam os interesses comerciais dos pecuaristas. Tinha tanta razão que a pasteurização do leite é requisito ao consumo humano - este fato ocasionou a aposentadoria em 1908 , aos(53 anos e mudança para o Rio de janeiro, a convite de Oswaldo Cruz, para assumir um setorial do Instituto Soroterápico Federal de Manguinhos, posteriormente denominado Instituto Oswaldo Cruz, onde permaneceu pesquisando sobre entomologia médica, helmintologia e zoologia aplicadas à medicina tropical, por 32 anos até sua morte, ocorrida em 06/11/1940, em decorrência de uma pneumonia. Neste mesmo ano, em reconhecimento a ele, renomearam o Instituto Bacteriológico de São Paulo, para Instituto Adolpho Lutz. Ainda, foi pioneiro na Entomologia Médica e nas propriedades terapêuticas de plantas brasileiras. Como zoologista descreveu várias novas espécies de anfíbios e insetos, como o mosquito Anopheles lutzii. Adolfo Lutz deixou registros de diversos trabalhos sobre entomologia médica, protozoologia e micologia, sendo muitos publicizados post mortem. Ele era de uma compaixão inesgotável diante do sofrimento humano. Sua morte influenciou profundamente Bertha Lutz (1894-1976), zoóloga e pioneira na luta pelo direito de voto das brasileiras. “Somente a natureza e os interesses que tínhamos em comum faziam-me viver”, escreveu ela, que se dedicou a divulgar o notável legado científico do pai.
abstract Adolfo Lutz foi um médico e cientista brasileiro, pai da medicina tropical e da zoologia médica no Brasil. Pioneiro na área de epidemiologia e na pesquisa de doenças infecciosas
publishDate 2022
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O carioca Adolpho tinha dois anos quando foi conhecer a terra onde nasceram seus pais. Adolfo estudou medicina na Universidade de Berna (Suíça), graduando-se em 1879. Na sequência, estudou técnicas de medicina experimental em vários centros médicos de Londres [contemporâneo de Joseph Lister]; Lípsia; Viena; Praga e Paris, cidade onde estudou com Louis Pasteur. Por opção, retornou ao Brasil aos 26 anos em 1881 quando completou os estudos, para atuar em saúde pública, instalando-se em Limeira - SP, por seis anos. Como clínico atendia à população carente, numa época de grande infestação de febres amarela e tifóide, além de cólera, malária e tuberculose. Casou-se com a inglesa Amy Marie Gertrude Fowler, gerando os filhos: Bertha Lutz (brasileira), Guálter Adolfo Lutz (brasileiro) e Laura Bertha Lutz (suiça). Viajava frequentemente à Europa para acompanhar as novidades dos centros científicos, trazendo-as para o Brasil Imperial. Pesquisou em Hamburgo (Alemanha), as causas da lepra, com o professor Paul Gerson Unna, especializando-se em doenças infecciosas e em medicina tropical. Como boa parte da população do Havaí fora dizimada em 1889, por essa enfermidade, Lutz instalou-se em Honolulu entre 1889/90 e 1892/93 até a erradicação da doença. Nessa época, assumiu a direção do Hospital Khalili, na ilha de Molokai. Depois disso, trabalhou na Califórnia- (Estados Unidos), antes de retornar ao Brasil em 1892, a convite do governador de São Paulo para dirigir nos anos de 1893 a 1908, o recém criado Instituto de Bacteriologia, seguindo o modelo de laboratório de saúde pública. do Instituto Pasteur de Paris, Lutz atuava nas atividades laboratoriais e nas “missões científicas”, com trabalhos de campo para a elucidação da epidemiologia de doenças emergentes ou crônicas, como: febre amarela, cólera, peste e das “febres paulistas''. Ocorreu em Santos - SP uma severa epidemia de peste bubônica, onde Adolfo juntou-se a outros dois jovens médicos, Emílio Ribas e Vital Brazil na tentativa de estudar e erradicar a doença. Com o sanitarista Ribas, desenvolveu experimentos pioneiros, tornando-se o primeiro cientista latino-americano a estudar e confirmar os mecanismos de transmissão vetorial da febre amarela pelo mosquito Aedes aegypti. Sendo amigo de Vital Brazil, apoiou as pesquisas pioneiras sobre antídotos para picadas de cobra, cujo marco foi a criação do Instituto Butantan, em São Paulo. Protagonizou, também, medidas de saúde pública relativas ao controle dos surtos de febre amarela em São Paulo, com o uso de produtos químicos: pó de enxofre e fumaça de pó de piretro e para combater as larvas, usava querosene e essência de terebintina, nas águas paradas. Adolfo foi o responsável pela observação e identificação, pela primeira vez no Brasil em 1908, da Blastomicose Sul-Americana, também conhecida como Paracoccidioidomicose, Blastomicose brasileira ou moléstia de Lutz, que acomete o pulmão, originando manifestações clínicas de lesões da mucosa oral, faringe e laringe, principalmente na língua as quais podem simular carcinoma. Dedicava-se com afinco à saúde pública desenvolvendo pesquisas sobre várias epidemias como a cólera, peste bubônica, febre tifóide, malária, ancilostomíase, esquistossomose e leishmaniose, em diversas regiões brasileiras, fez expedições pela região do rio São Francisco e ao Nordeste, e pelas florestas serranas do estado de São Paulo. Reconhecido pela forma de contextualizar seus escritos com dados históricos “Dou em seguida uma relação das observações e dos estudos que tive ocasião de fazer no estado do Pará… Principiarei o meu estudo com alguns dados históricos e geográficos … em Marajó, que é hoje considerada como foco principal da peste das cadeiras, essa epizootia não tem reinado sempre. Sabe-se que antes de 1828, os cavalos em toda a ilha existiam em número enorme, o que claramente indica não ter existido a peste naquela ocasião…” Impressionava o estilo de narrativa do texto, próximo ao literário, conforme registro da viagem ao vale do rio São Francisco: “Quando se iniciou nossa viagem (este percurso ele fez com o colega Astrogildo Machado), a estação da seca já estava bem estabelecida. Não houve chuvas durante todo o tempo da excursão, apenas uma ou duas exceções. Em conseqüência disso as margens do rio tornaram-se cada vez mais áridas, até que, chegados a Juazeiro, encontramos os arrabaldes com aspecto que lembrava o deserto, por estar toda a vegetação queimada pelo sol e muitas árvores sem folhas.” Detalhou a fauna local assim “…Na mesma proporção diminuiu a vida dos insetos e outros pequenos animais. Disso ressentiram-se as coleções, porque as zonas percorridas, em estação mais favorável, sem dúvida, teriam sido mais ricas, posto que se trate de região relativamente pobre.” Em decorrência de uma polêmica na cidade de São Paulo, Adolfo Lutz afirmava que a tuberculose bovina, através do leite da vaca, poderia ser transmitida aos humanos, sendo ridicularizado por médicos que apoiavam os interesses comerciais dos pecuaristas. Tinha tanta razão que a pasteurização do leite é requisito ao consumo humano - este fato ocasionou a aposentadoria em 1908 , aos(53 anos e mudança para o Rio de janeiro, a convite de Oswaldo Cruz, para assumir um setorial do Instituto Soroterápico Federal de Manguinhos, posteriormente denominado Instituto Oswaldo Cruz, onde permaneceu pesquisando sobre entomologia médica, helmintologia e zoologia aplicadas à medicina tropical, por 32 anos até sua morte, ocorrida em 06/11/1940, em decorrência de uma pneumonia. Neste mesmo ano, em reconhecimento a ele, renomearam o Instituto Bacteriológico de São Paulo, para Instituto Adolpho Lutz. Ainda, foi pioneiro na Entomologia Médica e nas propriedades terapêuticas de plantas brasileiras. Como zoologista descreveu várias novas espécies de anfíbios e insetos, como o mosquito Anopheles lutzii. Adolfo Lutz deixou registros de diversos trabalhos sobre entomologia médica, protozoologia e micologia, sendo muitos publicizados post mortem. Ele era de uma compaixão inesgotável diante do sofrimento humano. Sua morte influenciou profundamente Bertha Lutz (1894-1976), zoóloga e pioneira na luta pelo direito de voto das brasileiras. “Somente a natureza e os interesses que tínhamos em comum faziam-me viver”, escreveu ela, que se dedicou a divulgar o notável legado científico do pai. 2022-01-20 Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem vignette : https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/large/5b51c10a7e56c0605b3b556763d4ed22e7fe7c68.jpg Adolfo Lutz foi um médico e cientista brasileiro, pai da medicina tropical e da zoologia médica no Brasil. Pioneiro na área de epidemiologia e na pesquisa de doenças infecciosas 2022-01-20 https://www.youtube.com/watch?v=_1Sh8EVeaFY Ciências da Saúde https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/26667 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/5b51c10a7e56c0605b3b556763d4ed22e7fe7c68.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/1d035030cdbb9e2c895aba6f3817bac5d1518535.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/89d18d3d82be670f036682c748ce4383fa660a9f.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/a66719e3fa470fba4789245e933ef0b8f4f6ade7.jpg