A degradação das rochas que compõem a estrutura do Museu Nacional - UFRJ
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2021
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A pesquisa busca entender os motivos das sucessivas quebras e/ou dissolução das rochas e minerais que constituíam parte de sua estrutura física, como as fachadas do Museu. |
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A pesquisa enfatiza o potencial das ações dos agentes externos, bem como dos processos intempéricos na transformação das superfícies. Assim, a expansão urbana em direção ao parque da Quinta de Boa Vista, o crescimento do setor automobilístico e a consequente liberação do gás carbônico (CO2) são elencados como fatores primordiais que proporcionam a alteração dos componentes minerais e rochas constituintes da fachada do Museu, tornando-as menos resistentes. Outros aspectos apontados como possíveis causas de desgaste dessas rochas são: a grande quantidade de chuva, o microclima, a umidade deixada no local, as modificações dos minerais com presença de ferro, resíduos sólidos e a oscilação térmica. A degradação do material rochoso e fraturas estão diretamente ligadas aos seguintes fatores: as constantes reformas realizadas e a dilatação térmica causada pela oscilação da temperatura, que, de uma forma ou de outra, permite a dilatação e contração das rochas, ocasionando as fraturas e fissuras em algumas áreas da fachada. Além disso, também ocorre a existência de névoa salina proveniente da Baía de Guanabara, que também facilita a degradação, visto que a cristalização de sal dentro dos poros das rochas (fenômeno conhecido como eflorescência) gera a quebra e perda de material rochoso. A antiga residência da família real portuguesa, a velha morada da Família Imperial de D. Pedro, foi construída em 1818 e, posteriormente, transformada em centro especializado da história natural. Foi considerado o maior museu dessa área na América Latina e o mais antigo centro de ciências do país mantido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, pelo menos até setembro de 2018, quando um incêndio destruiu quase a totalidade do acervo histórico e científico conservado ao longo de 200 anos. O Museu Nacional, localizado no parque da Quinta de Boa Vista, vinha sofrendo sucessivas quebras e/ou dissolução das rochas e minerais que constituíam parte de sua estrutura física. A ação natural do intemperismo (água, gelo, ácidos, sal, plantas, animais, e mudanças climáticas), associada à atuação do homem, influenciou direta ou indiretamente na degradação das rochas usadas na construção desse patrimônio histórico. Para isso, a pesquisadora Fernanda Oliveira Senra, da Coordenação de Apoio Técnico às Micro e Pequenas Empresas (CATE) do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM-RJ), buscou encontrar, por meio dessa pesquisa, as possíveis causas de alteração das rochas (gnaisse facoidal e leptinito) colocadas nas fachadas do Museu. Figuras 1 e 2 Para analisar e entender a principal causa da decomposição das rochas colocadas na fachada do museu, foi necessário dividir a pesquisa em três etapas. Na primeira etapa, foram realizadas as análises químicas dessas rochas e identificação de suas características, incluindo as patologias. Ainda nessa etapa, foi utilizado um aparelho que permite a flexibilização das ondas em volta dos obstáculos a serem estudados (difração de Raios-X) para perceber as morfologias de alterações encontradas nas janelas e portas. Os materiais obtidos por meio da lavagem e escovação das áreas afetadas também foram examinados e, por último, analisaram-se as amostras obtidas pelo método de pó coletadas em equipamentos Bruker-D4 endeavor. Na segunda etapa, foi usada microscopia eletrônica de varredura e sistema de energia dispersiva para observar de forma detalhada todo o material coletado e na última etapa, foi feito mapeamento litológico e das morfologias de alteração, para se entender as formas de degradação que afetam a edificação. Figuras 3 e 4 Figura 5 |
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Universidade Federal do Rio de Janeiro |
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266622024-10-01T19:00:50Z1[CeS] Textos de divulgação A degradação das rochas que compõem a estrutura do Museu Nacional - UFRJ Fernanda Oliveira Senra Joedy Patricia Cruz Queiroz Roberto Carlos da Conceição Ribeiro intemperismo museus petrografia rochas (material de construção) Universidade Federal do Rio de Janeiro 2021-05-18 Imagem vignette : https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/large/097646ed2c873db27d249900261fdaf44ec8e3cb.jpg A pesquisa enfatiza o potencial das ações dos agentes externos, bem como dos processos intempéricos na transformação das superfícies. Assim, a expansão urbana em direção ao parque da Quinta de Boa Vista, o crescimento do setor automobilístico e a consequente liberação do gás carbônico (CO2) são elencados como fatores primordiais que proporcionam a alteração dos componentes minerais e rochas constituintes da fachada do Museu, tornando-as menos resistentes. Outros aspectos apontados como possíveis causas de desgaste dessas rochas são: a grande quantidade de chuva, o microclima, a umidade deixada no local, as modificações dos minerais com presença de ferro, resíduos sólidos e a oscilação térmica. A degradação do material rochoso e fraturas estão diretamente ligadas aos seguintes fatores: as constantes reformas realizadas e a dilatação térmica causada pela oscilação da temperatura, que, de uma forma ou de outra, permite a dilatação e contração das rochas, ocasionando as fraturas e fissuras em algumas áreas da fachada. Além disso, também ocorre a existência de névoa salina proveniente da Baía de Guanabara, que também facilita a degradação, visto que a cristalização de sal dentro dos poros das rochas (fenômeno conhecido como eflorescência) gera a quebra e perda de material rochoso. A antiga residência da família real portuguesa, a velha morada da Família Imperial de D. Pedro, foi construída em 1818 e, posteriormente, transformada em centro especializado da história natural. Foi considerado o maior museu dessa área na América Latina e o mais antigo centro de ciências do país mantido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, pelo menos até setembro de 2018, quando um incêndio destruiu quase a totalidade do acervo histórico e científico conservado ao longo de 200 anos. O Museu Nacional, localizado no parque da Quinta de Boa Vista, vinha sofrendo sucessivas quebras e/ou dissolução das rochas e minerais que constituíam parte de sua estrutura física. A ação natural do intemperismo (água, gelo, ácidos, sal, plantas, animais, e mudanças climáticas), associada à atuação do homem, influenciou direta ou indiretamente na degradação das rochas usadas na construção desse patrimônio histórico. Para isso, a pesquisadora Fernanda Oliveira Senra, da Coordenação de Apoio Técnico às Micro e Pequenas Empresas (CATE) do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM-RJ), buscou encontrar, por meio dessa pesquisa, as possíveis causas de alteração das rochas (gnaisse facoidal e leptinito) colocadas nas fachadas do Museu. Figuras 1 e 2 Para analisar e entender a principal causa da decomposição das rochas colocadas na fachada do museu, foi necessário dividir a pesquisa em três etapas. Na primeira etapa, foram realizadas as análises químicas dessas rochas e identificação de suas características, incluindo as patologias. Ainda nessa etapa, foi utilizado um aparelho que permite a flexibilização das ondas em volta dos obstáculos a serem estudados (difração de Raios-X) para perceber as morfologias de alterações encontradas nas janelas e portas. Os materiais obtidos por meio da lavagem e escovação das áreas afetadas também foram examinados e, por último, analisaram-se as amostras obtidas pelo método de pó coletadas em equipamentos Bruker-D4 endeavor. Na segunda etapa, foi usada microscopia eletrônica de varredura e sistema de energia dispersiva para observar de forma detalhada todo o material coletado e na última etapa, foi feito mapeamento litológico e das morfologias de alteração, para se entender as formas de degradação que afetam a edificação. Figuras 3 e 4 Figura 5 As Rochas do Museu Nacional e Microambiente de Degradação A pesquisa busca entender os motivos das sucessivas quebras e/ou dissolução das rochas e minerais que constituíam parte de sua estrutura física, como as fachadas do Museu. 2021-05-18 https://www.cetem.gov.br/antigo/images/congressos/2016/SPRO8.pdf Ciências Exatas e da Terra Para analisar e entender a principal causa da decomposição das rochas colocadas na fachada do museu, foi necessário dividir a pesquisa em três etapas. Na primeira etapa, foram realizadas as análises químicas dessas rochas e identificação de suas características, incluindo as patologias. Ainda nessa etapa, foi utilizado um aparelho que permite a flexibilização das ondas em volta dos obstáculos a serem estudados (difração de Raios-X) para perceber as morfologias de alterações encontradas nas janelas e portas. Os materiais obtidos por meio da lavagem e escovação das áreas afetadas também foram examinados e, por último, analisaram-se as amostras obtidas pelo método de pó coletadas em equipamentos Bruker-D4 endeavor. Na segunda etapa, foi usada microscopia eletrônica de varredura e sistema de energia dispersiva para observar de forma detalhada todo o material coletado e na última etapa, foi feito mapeamento litológico e das morfologias de alteração, para se entender as formas de degradação que afetam a edificação. Figuras 3 e 4 Figura 5 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/26662 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/097646ed2c873db27d249900261fdaf44ec8e3cb.jpeg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/de06789215a1c85f77a9ce6131d905adb79f1ba1.jpeg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/e2b447acd16d86c45b8fd6244a22e88eb7d19923.jpeg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/bf79314f716d6e1da2852b5ad7b7923b447fdf40.png |