Os impactos da logística reversa para o comércio virtual brasileiro

Detalhes bibliográficos
Principais autores: Érica Mayumi Matsuoka, July Ellen Ung, Wilson de Castro Hilsdorf, Mauro Sampaio
Formato: Online
Publicado em: 2021
Assuntos:
Acesso em linha:https://canalciencia.ibict.br/ciencia-em-sintese/artigo?item_id=26419
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abstract O artigo avaliou e descreveu o processo de logística reversa do maior varejista virtual do mercado brasileiro.
coverage A pesquisa constatou que, em média, o recebimento de produtos retornados é de 1,8 mil peças por dia, o equivalente a 7 milhões por mês. Essa taxa de retorno corresponde a 3% ou 4% do total do faturamento dessa empresa, que comercializa produtos eletrônicos. Esse índice de retorno do mercado brasileiro é muito inferior aos divulgados e publicados no comércio norte-americano, que foi estimado em 37%. Isso demonstra que os consumidores brasileiros são menos exigentes. Como as políticas norte-americanas são liberais e o processo de logística reversa se torna mais acessível, o varejista virtual não representa todo o mercado, mas é responsável por 40% do mercado eletrônico brasileiro sendo, no entanto, um representante importante desse segmento. De acordo com esse estudo, cerca de R$70 milhões em produtos retornados ficam parados nos estoques da empresa devido à falta de mecanismo eficaz que possa sanar essa demanda. Os produtos que mais retornam são os de informática, eletrônicos, telefônicos, eletroeletrônicos, cine e fotos, esporte e lazer, eletroportáteis e outros. Os defeitos, arrependimento da compra e/ou não atendimento de expectativas, processos ou falhas logísticas do varejo (entrega errada, avarias, atraso no envio, falta de peças e voltagem errada) são os motivos que mais ocasionam o retorno ou a devolução dos itens. Para reduzir a quantidade excessiva dos produtos que retornam, a pesquisa sugere a criação de um script que funcione como ferramenta de apoio ao cliente no pós-venda e que inclua nele todas as instruções dos produtos com índices elevados de devolução. Outro aspecto a ser considerado é o treinamento dos funcionários para que eles, juntamente com o cliente, possam resolver a situação no momento em que ocorra a intenção de devolução. Sugere-se, também, a necessidade de se pensar sobre as tendências futuras do mercado, que provavelmente sofrerão mudanças significativas em termos de logística reversa.
A logística reversa é um tipo de sistema específico que se concentra exclusivamente na locomoção e gerência do fluxo reverso de mercadorias e insumos após a venda. Com toda tecnologia à disposição, a logística reversa ainda é vista como um dos grandes desafios para o comércio eletrônico brasileiro. As técnicas usadas são praticamente semelhantes nos mais diversos setores, porém, dentro do comércio virtual, uma operação de logística reversa eficiente pode determinar o sucesso ou não de qualquer empresa que trabalha nessa área. A logística reversa vem se tornando o assunto mais popular na literatura de gestão de redes de suprimentos, transformando-se em objeto de pesquisa para vários autores. Apesar de apresentar um crescimento significativo, a logística reversa do comércio eletrônico (LReC) é ainda um tema pouco explorado, fato incoerente se comparado à importância crescente desse segmento na economia, mesmo tendo registrado um crescimento da ordem de 30% nos últimos anos. Uma das explicações apresentadas pela reduzida existência da pesquisa nessa área é a falta de troca de informações, difusão de conhecimento e quase ausência de participação da comunidade acadêmica no setor. A logística reversa do comércio eletrônico é vista como um processo mais difícil do que a do varejo tradicional, podendo representar até 6% da receita de um varejista e até 4% do custo logístico de um fabricante. A pesquisa teve como referência os Estados Unidos, onde a taxa de retorno do mercado eletrônico é estimada em 37% das vendas e o valor de revenda oscila entre 10% e 20 % do custo médio da venda. No Brasil, esses números ainda não são conhecidos, bem como os motivos da devolução dos produtos, a taxa de recuperação e o padrão de revenda. Esse estudo contribuiu para revelar alguns desses aspectos. Diante desse cenário, os pesquisadores Ana Carolina de Araújo, Mauro Sampaio e Castro Hilsdorf, do Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana (FEI), resolveram avaliar e descrever o processo de logística reversa do maior varejista virtual do mercado brasileiro, que representa cerca de 40% das receitas do comércio eletrônico nacional. A pesquisa buscou avaliar todo o processo, que vai desde a compra na web, a retirada de itens vendidos e recusados pelos consumidores no pós-venda, passando pela recaptura de valor até a determinação de uma disposição apropriada dos produtos para varejistas e fabricantes.
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O estudo teve como ênfase analisar os processos da logística reversa do comércio eletrônico, ou seja, um fenômeno em constante evolução inserido no contexto atual. Nesta pesquisa foi utilizado o estudo de caso como método de avaliação, como sugerem muitos autores na literatura. A realização do estudo de caso permite ao autor encontrar elementos novos que até então não haviam sido tratados nas pesquisas científicas. Em todo esse contexto, foi inserido um único caso, o qual fluiu de forma qualitativa, permitindo, desse modo, a descrição dos resultados obtidos, devido à natureza rara de se investigar os processos logísticos reversos de uma importantíssima empresa de comércio eletrônico.
institution Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana
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Como as políticas norte-americanas são liberais e o processo de logística reversa se torna mais acessível, o varejista virtual não representa todo o mercado, mas é responsável por 40% do mercado eletrônico brasileiro sendo, no entanto, um representante importante desse segmento. De acordo com esse estudo, cerca de R$70 milhões em produtos retornados ficam parados nos estoques da empresa devido à falta de mecanismo eficaz que possa sanar essa demanda. Os produtos que mais retornam são os de informática, eletrônicos, telefônicos, eletroeletrônicos, cine e fotos, esporte e lazer, eletroportáteis e outros. Os defeitos, arrependimento da compra e/ou não atendimento de expectativas, processos ou falhas logísticas do varejo (entrega errada, avarias, atraso no envio, falta de peças e voltagem errada) são os motivos que mais ocasionam o retorno ou a devolução dos itens. Para reduzir a quantidade excessiva dos produtos que retornam, a pesquisa sugere a criação de um script que funcione como ferramenta de apoio ao cliente no pós-venda e que inclua nele todas as instruções dos produtos com índices elevados de devolução. Outro aspecto a ser considerado é o treinamento dos funcionários para que eles, juntamente com o cliente, possam resolver a situação no momento em que ocorra a intenção de devolução. Sugere-se, também, a necessidade de se pensar sobre as tendências futuras do mercado, que provavelmente sofrerão mudanças significativas em termos de logística reversa. A logística reversa é um tipo de sistema específico que se concentra exclusivamente na locomoção e gerência do fluxo reverso de mercadorias e insumos após a venda. Com toda tecnologia à disposição, a logística reversa ainda é vista como um dos grandes desafios para o comércio eletrônico brasileiro. As técnicas usadas são praticamente semelhantes nos mais diversos setores, porém, dentro do comércio virtual, uma operação de logística reversa eficiente pode determinar o sucesso ou não de qualquer empresa que trabalha nessa área. A logística reversa vem se tornando o assunto mais popular na literatura de gestão de redes de suprimentos, transformando-se em objeto de pesquisa para vários autores. Apesar de apresentar um crescimento significativo, a logística reversa do comércio eletrônico (LReC) é ainda um tema pouco explorado, fato incoerente se comparado à importância crescente desse segmento na economia, mesmo tendo registrado um crescimento da ordem de 30% nos últimos anos. Uma das explicações apresentadas pela reduzida existência da pesquisa nessa área é a falta de troca de informações, difusão de conhecimento e quase ausência de participação da comunidade acadêmica no setor. A logística reversa do comércio eletrônico é vista como um processo mais difícil do que a do varejo tradicional, podendo representar até 6% da receita de um varejista e até 4% do custo logístico de um fabricante. A pesquisa teve como referência os Estados Unidos, onde a taxa de retorno do mercado eletrônico é estimada em 37% das vendas e o valor de revenda oscila entre 10% e 20 % do custo médio da venda. No Brasil, esses números ainda não são conhecidos, bem como os motivos da devolução dos produtos, a taxa de recuperação e o padrão de revenda. Esse estudo contribuiu para revelar alguns desses aspectos. Diante desse cenário, os pesquisadores Ana Carolina de Araújo, Mauro Sampaio e Castro Hilsdorf, do Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana (FEI), resolveram avaliar e descrever o processo de logística reversa do maior varejista virtual do mercado brasileiro, que representa cerca de 40% das receitas do comércio eletrônico nacional. A pesquisa buscou avaliar todo o processo, que vai desde a compra na web, a retirada de itens vendidos e recusados pelos consumidores no pós-venda, passando pela recaptura de valor até a determinação de uma disposição apropriada dos produtos para varejistas e fabricantes. Imagem O estudo teve como ênfase analisar os processos da logística reversa do comércio eletrônico, ou seja, um fenômeno em constante evolução inserido no contexto atual. Nesta pesquisa foi utilizado o estudo de caso como método de avaliação, como sugerem muitos autores na literatura. A realização do estudo de caso permite ao autor encontrar elementos novos que até então não haviam sido tratados nas pesquisas científicas. Em todo esse contexto, foi inserido um único caso, o qual fluiu de forma qualitativa, permitindo, desse modo, a descrição dos resultados obtidos, devido à natureza rara de se investigar os processos logísticos reversos de uma importantíssima empresa de comércio eletrônico. Logística reversa no comércio eletrônico: um estudo de caso O artigo avaliou e descreveu o processo de logística reversa do maior varejista virtual do mercado brasileiro. 2021-06-10 https://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2012_TN_STO_157_913_20228.pdf Ciências Humanas O estudo teve como ênfase analisar os processos da logística reversa do comércio eletrônico, ou seja, um fenômeno em constante evolução inserido no contexto atual. Nesta pesquisa foi utilizado o estudo de caso como método de avaliação, como sugerem muitos autores na literatura. A realização do estudo de caso permite ao autor encontrar elementos novos que até então não haviam sido tratados nas pesquisas científicas. Em todo esse contexto, foi inserido um único caso, o qual fluiu de forma qualitativa, permitindo, desse modo, a descrição dos resultados obtidos, devido à natureza rara de se investigar os processos logísticos reversos de uma importantíssima empresa de comércio eletrônico. https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/26419 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/a84f5159a970cd43be853011eb7d366f23280b37.png https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/c4f6bf6268d11f110f088369af5d06db78994c1c.jpg