Telescópio Gemini observa matéria ejetada na explosão de uma Nova

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Autor principal: Marcos Diaz
Formato: Online
Publicado em: 2002
Assuntos:
Acesso em linha:https://canalciencia.ibict.br/ciencia-em-sintese/artigo?item_id=25829
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coverage O estado físico e a composição química dos invólucros de novas revelam muito, tanto sobre as razões e as condições em que a explosão aconteceu, como sobre o estado evolutivo e a história do sistema binário como um todo. Além disso, estudos sobre a composição química decorrente dos processos nucleares servem também para entender a formação e evolução do nosso universo como um todo. Atualmente é possível restringir a quantidade original de alguns elementos químicos produzidos logo após a Grande Explosão sabendo a contribuição devida a outros processos que ocorrem nas estrelas e no meio interestelar. Mas para poder utilizar as observações do invólucro e chegar a conclusões confiáveis, é importante conhecer a sua geometria e a distribuição da matéria dele constituinte.
Novas são sistemas compostos de duas estrelas numa órbita muito próxima. Um dos componentes desse sistema é uma estrela convencional, enquanto o outro é um corpo pequeno, mas de grande massa e, por isto mesmo, muito denso. Esta segunda estrela recebe a denominação de anã branca. Numa nova, a estrela normal perde matéria (gás), que é atraída para a superfície da anã branca e ali se amassa devido à alta gravidade da anã. Quando certa quantidade de massa da estrela normal cobre a anã branca acontece uma explosão nuclear no gás, que então é jogado a alta velocidade para fora do sistema. Este processo acontece ciclicamente, em períodos de tempo que oscilam entre 10 e 100 mil anos e faz com que o sistema fique por algumas semanas ou meses muito mais brilhante do que o normal. Astrônomos antigos acreditavam, ao observarem esse fenômeno, que uma nova estrela tinha nascido. Daí o nome dado a esses sistemas. A matéria ejetada na explosão da nova forma um invólucro ao redor das estrelas centrais antes de se dispersar no espaço. Cientistas da Universidade de São Paulo estão pesquisando um desses invólucros, utilizando para isso o Telescópio Gemini. O Gemini foi usado para obter imagens na faixa da luz infra-vermelha do invólucro de uma nova chamada V705 Cassiopeia.
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Ao se imaginar o invólucro de uma nova a tendência é supor um volume simples: um invólucro globular, homogeneamente cheio de matéria gasosa. Contudo, algumas observações feitas com o telescópio orbital Hubble demonstraram que, na verdade, a matéria gasosa pode formar condensações locais e que os invólucros se desviam muito da forma globular. Nessa pesquisa o emprego do telescópio Gemini possibilita utilizar sua alta resolução das imagens, reforçada por tecnologias de compensação da turbulência atmosférica, para estudar as condensações de matéria no invólucro das novas. Os pesquisadores também observam as características da radiação do gás e da poeira no invólucro. Essas informações são utilizadas para melhorar as estimativas da temperatura e composição química do gás. Ao mesmo tempo observa-se o resto quente da explosão na estrela anã procurando saber se sua massa ao longo do tempo aumenta ou diminui. Se ocorrer o primeiro caso, esses objetos sofrerão uma explosão ainda maior chamada supernova do tipo Ia que destruirá o sistema de forma definitiva.
institution Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, da Universidade de São Paulo
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spelling 258292024-10-01T19:00:45Z1[CeS] Textos de divulgação Telescópio Gemini observa matéria ejetada na explosão de uma Nova Marcos Diaz Telescópio Gemini Cientistas da Universidade Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, da Universidade de São Paulo 2002-12-07 Imagem vignette : https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/large/f99f79abae7daf5660fca97f3ab04e142e77b8e4.jpg O estado físico e a composição química dos invólucros de novas revelam muito, tanto sobre as razões e as condições em que a explosão aconteceu, como sobre o estado evolutivo e a história do sistema binário como um todo. Além disso, estudos sobre a composição química decorrente dos processos nucleares servem também para entender a formação e evolução do nosso universo como um todo. Atualmente é possível restringir a quantidade original de alguns elementos químicos produzidos logo após a Grande Explosão sabendo a contribuição devida a outros processos que ocorrem nas estrelas e no meio interestelar. Mas para poder utilizar as observações do invólucro e chegar a conclusões confiáveis, é importante conhecer a sua geometria e a distribuição da matéria dele constituinte. Novas são sistemas compostos de duas estrelas numa órbita muito próxima. Um dos componentes desse sistema é uma estrela convencional, enquanto o outro é um corpo pequeno, mas de grande massa e, por isto mesmo, muito denso. Esta segunda estrela recebe a denominação de anã branca. Numa nova, a estrela normal perde matéria (gás), que é atraída para a superfície da anã branca e ali se amassa devido à alta gravidade da anã. Quando certa quantidade de massa da estrela normal cobre a anã branca acontece uma explosão nuclear no gás, que então é jogado a alta velocidade para fora do sistema. Este processo acontece ciclicamente, em períodos de tempo que oscilam entre 10 e 100 mil anos e faz com que o sistema fique por algumas semanas ou meses muito mais brilhante do que o normal. Astrônomos antigos acreditavam, ao observarem esse fenômeno, que uma nova estrela tinha nascido. Daí o nome dado a esses sistemas. A matéria ejetada na explosão da nova forma um invólucro ao redor das estrelas centrais antes de se dispersar no espaço. Cientistas da Universidade de São Paulo estão pesquisando um desses invólucros, utilizando para isso o Telescópio Gemini. O Gemini foi usado para obter imagens na faixa da luz infra-vermelha do invólucro de uma nova chamada V705 Cassiopeia. Imagem Imagem Imagem Ao se imaginar o invólucro de uma nova a tendência é supor um volume simples: um invólucro globular, homogeneamente cheio de matéria gasosa. Contudo, algumas observações feitas com o telescópio orbital Hubble demonstraram que, na verdade, a matéria gasosa pode formar condensações locais e que os invólucros se desviam muito da forma globular. Nessa pesquisa o emprego do telescópio Gemini possibilita utilizar sua alta resolução das imagens, reforçada por tecnologias de compensação da turbulência atmosférica, para estudar as condensações de matéria no invólucro das novas. Os pesquisadores também observam as características da radiação do gás e da poeira no invólucro. Essas informações são utilizadas para melhorar as estimativas da temperatura e composição química do gás. Ao mesmo tempo observa-se o resto quente da explosão na estrela anã procurando saber se sua massa ao longo do tempo aumenta ou diminui. Se ocorrer o primeiro caso, esses objetos sofrerão uma explosão ainda maior chamada supernova do tipo Ia que destruirá o sistema de forma definitiva. O envoltório em torno da Nova Cassiopéia 1993 2002-12-07 Ciências Exatas e da Terra Ao se imaginar o invólucro de uma nova a tendência é supor um volume simples: um invólucro globular, homogeneamente cheio de matéria gasosa. Contudo, algumas observações feitas com o telescópio orbital Hubble demonstraram que, na verdade, a matéria gasosa pode formar condensações locais e que os invólucros se desviam muito da forma globular. Nessa pesquisa o emprego do telescópio Gemini possibilita utilizar sua alta resolução das imagens, reforçada por tecnologias de compensação da turbulência atmosférica, para estudar as condensações de matéria no invólucro das novas. Os pesquisadores também observam as características da radiação do gás e da poeira no invólucro. Essas informações são utilizadas para melhorar as estimativas da temperatura e composição química do gás. Ao mesmo tempo observa-se o resto quente da explosão na estrela anã procurando saber se sua massa ao longo do tempo aumenta ou diminui. Se ocorrer o primeiro caso, esses objetos sofrerão uma explosão ainda maior chamada supernova do tipo Ia que destruirá o sistema de forma definitiva. https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/25829 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/f99f79abae7daf5660fca97f3ab04e142e77b8e4.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/1dea59039e4cde286ea35dccb69bb684be08cfbb.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/a950d71bfb9e1d850c0f328cb95d724991593be7.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/dd5ead55e91f82d290b0e4f0d67a419bb468b44c.jpg