Plantas com potencial biológico e cosmético na Amazônia

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Cecília Verônica Nunez
Formato: Online
Publicado em: 2003
Assuntos:
Acesso em linha:https://canalciencia.ibict.br/ciencia-em-sintese/artigo?item_id=25596
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abstract Nesta pesquisa bisca-se identificar, isolar e testar produtos naturais com atividades antioxidante (que podem combater o envelhecimento celular), antifúngica, antibacteriana e larvicida.
coverage Do ponto de vista científico a relevância desta pesquisa reside no potencial de conhecimento químico e biológico das espécies vegetais amazônicas investigadas.
Embora muitas espécies já sejam utilizadas popularmente, não se sabe se a planta é efetivamente portadora de princípios bioativos eficazes para as finalidades visadas. A composição química dessas plantas também é, em grande parte, desconhecida.
Outro dado importante é a ausência de estudos sobre toxicidade aguda ou crônica dessas plantas que, em geral, apresentam uma mescla bastante variada de substâncias, podendo incluir substâncias tóxicas. Essa possível toxicidade pode ser aguda, isto é, causar mal em doses elevadas, ou crônica, causando mal em doses contínuas. Esses dados tendem a ser elucidados nesta pesquisa, à medida que a composição dos extratos vegetais que apresentam atividade biológica de interesse (isto é, antioxidante, antifúngica, antibacteriana, anti-inflamatória, citotóxica e larvicida) é estudada quimicamente.
Informações provenientes de fontes tradicionais, bem como a observação dos comportamentos das populações nativas da Amazônia e a manifestação de interesses estrangeiros ligados a grandes grupos econômicos, são indícios suficientes para estimular a investigação da hipótese de existência, na biodiversidade amazônica, tida como a maior do mundo, de um grande potencial de aproveitamento de produtos naturais e de registro de patentes científicas brasileiras, a partir da descoberta de novos princípios bioativos.
Considerando esta possibilidade, cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, INPA, provenientes das áreas de Fitoquímica, Farmacologia e Botânica têm conduzido investigações no campo da Química de Produtos Naturais, em busca de princípios bioativos de plantas da Floresta Amazônica.
Nesta busca os pesquisadores visam identificar, isolar e testar produtos naturais com atividades antioxidante (que podem combater o envelhecimento celular), antifúngica, antibacteriana e larvicida (aproveitáveis como remédios contra moléstias causadas por fungos, bactérias e larvas), citotóxica (importante pelos possíveis usos em terapias anti-câncer) e anti-inflamatória. A atividade larvicida é testada em larvas para o mosquito da dengue.
Outra vertente da pesquisa é o interesse pela interação da luz com plantas da região, objetivando a busca de substâncias com capacidade de proteger a pele humana dos raios solares. Nesta área, os estudos incluem a colaboração de pesquisadores da UFRJ nas áreas de Físico-Química e Farmacologia.
Além disso, a abertura desse amplo leque de interesses reflete a linha mais atual das pesquisas científicas, que tendem para a multidisciplinaridade. Finalmente cabe notar que esse tipo de investigação também permite a ampliação dos conhecimentos de todos os envolvidos, principalmente alunos, pela grande interação entre pessoas de diversas áreas do conhecimento.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Inicialmente são coletadas plantas utilizadas ou conhecidas tradicionalmente pela população, com o fim de verificar se as mesmas são realmente eficazes para as finalidades alegadas (em geral cura de doenças) através de ensaios de laboratório (testes). Também são coletadas “aparentadas” às plantas com substâncias ativas. Se os extratos dessas plantas forem ativos, serão estudados quimicamente. Se a atividade for muito interessante, outro grupo de pesquisadores realiza ensaios de toxicidade aguda e crônica em cobaias (animais usados em laboratório para experimentos).
Inicialmente os materiais vegetais usados nos ensaios (folhas, galhos, frutos, flores) são secos em estufa a aproximadamente 50 graus centígrados e moídos. Depois esse material é extraído com o uso de solventes orgânicos (diclorometano e metanol/H2O) e em seguida o solvente utilizado é evaporado num rota-evaporador. O que resta são os extratos vegetais.
Os extratos obtidos são então submetidos a bioensaios em laboratório. Os extratos que apresentam atividade biológica, isto é, que são ativos (matando larvas de mosquito, ou bactérias, ou fungos, ou que são anti-inflamatórios ou anti-oxidantes) são fracionados (isto é, têm seus componentes separados) através de técnicas cromatográficas.
Existem várias técnicas cromatográficas, como a cromatografia em coluna, a cromatografia em camada delgada e a cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Todas elas têm por base o uso de adsorventes (elementos que fixam as moléculas de uma substância em sua superfície) e eluentes (solventes usados para “soltar” as moléculas da superfície do adsorvente, e que podem ser líquidos ou gases, puros ou em mistura).
As frações obtidas são por sua vez testadas (no mesmo ensaio para o qual o “extrato-mãe" foi ativo) e assim a fração ativa vai sendo re-fracionada até a obtenção de uma substância pura, que também é testada.
Nem sempre é possível obter uma substância pura ao final desse processo. Muitas vezes ocorrem decomposições ou perda da atividade da substância, pois não é raro que a responsável pela atividade biológica seja uma mistura de substâncias. Isto se chama sinergismo, que ocorre quando duas ou mais moléculas interagem e provocam a atividade que está sendo estudada.
Quando chega-se, enfim, a determinar quais moléculas são as responsáveis pela atividade pesquisada, torna-se necessário partir para a elucidação estrutural. Ou seja, para determinar qual é a estrutura química da molécula ativa. Para isso são utilizadas várias técnicas espectroscópicas como a Ressonância Magnética Nuclear, o Infra-vermelho, o Ultravioleta ou a Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas.
Após análise dos resultados obtidos com todas essas técnicas é possível dizer quantos átomos a molécula tem, quais os tipos de átomos e como os átomos estão ligados entre si. Assim vai-se "montando" a estrutura da molécula, como numa espécie de quebra-cabeça. Finalmente, a molécula "montada" é comparada com as já descritas na literatura especializada e verifica-se se ela já era conhecida ou se é a primeira vez que está sendo descrita.
Com esses dados em mãos, pode-se enfim publicar os resultados encontrados (se forem interessantes ou promissores) tanto em seus aspectos químicos quanto biológicos.
institution Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia
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Essa possível toxicidade pode ser aguda, isto é, causar mal em doses elevadas, ou crônica, causando mal em doses contínuas. Esses dados tendem a ser elucidados nesta pesquisa, à medida que a composição dos extratos vegetais que apresentam atividade biológica de interesse (isto é, antioxidante, antifúngica, antibacteriana, anti-inflamatória, citotóxica e larvicida) é estudada quimicamente. Informações provenientes de fontes tradicionais, bem como a observação dos comportamentos das populações nativas da Amazônia e a manifestação de interesses estrangeiros ligados a grandes grupos econômicos, são indícios suficientes para estimular a investigação da hipótese de existência, na biodiversidade amazônica, tida como a maior do mundo, de um grande potencial de aproveitamento de produtos naturais e de registro de patentes científicas brasileiras, a partir da descoberta de novos princípios bioativos. Considerando esta possibilidade, cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, INPA, provenientes das áreas de Fitoquímica, Farmacologia e Botânica têm conduzido investigações no campo da Química de Produtos Naturais, em busca de princípios bioativos de plantas da Floresta Amazônica. Nesta busca os pesquisadores visam identificar, isolar e testar produtos naturais com atividades antioxidante (que podem combater o envelhecimento celular), antifúngica, antibacteriana e larvicida (aproveitáveis como remédios contra moléstias causadas por fungos, bactérias e larvas), citotóxica (importante pelos possíveis usos em terapias anti-câncer) e anti-inflamatória. A atividade larvicida é testada em larvas para o mosquito da dengue. Outra vertente da pesquisa é o interesse pela interação da luz com plantas da região, objetivando a busca de substâncias com capacidade de proteger a pele humana dos raios solares. Nesta área, os estudos incluem a colaboração de pesquisadores da UFRJ nas áreas de Físico-Química e Farmacologia. Além disso, a abertura desse amplo leque de interesses reflete a linha mais atual das pesquisas científicas, que tendem para a multidisciplinaridade. Finalmente cabe notar que esse tipo de investigação também permite a ampliação dos conhecimentos de todos os envolvidos, principalmente alunos, pela grande interação entre pessoas de diversas áreas do conhecimento. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Inicialmente são coletadas plantas utilizadas ou conhecidas tradicionalmente pela população, com o fim de verificar se as mesmas são realmente eficazes para as finalidades alegadas (em geral cura de doenças) através de ensaios de laboratório (testes). Também são coletadas “aparentadas” às plantas com substâncias ativas. Se os extratos dessas plantas forem ativos, serão estudados quimicamente. Se a atividade for muito interessante, outro grupo de pesquisadores realiza ensaios de toxicidade aguda e crônica em cobaias (animais usados em laboratório para experimentos). Inicialmente os materiais vegetais usados nos ensaios (folhas, galhos, frutos, flores) são secos em estufa a aproximadamente 50 graus centígrados e moídos. Depois esse material é extraído com o uso de solventes orgânicos (diclorometano e metanol/H2O) e em seguida o solvente utilizado é evaporado num rota-evaporador. O que resta são os extratos vegetais. Os extratos obtidos são então submetidos a bioensaios em laboratório. Os extratos que apresentam atividade biológica, isto é, que são ativos (matando larvas de mosquito, ou bactérias, ou fungos, ou que são anti-inflamatórios ou anti-oxidantes) são fracionados (isto é, têm seus componentes separados) através de técnicas cromatográficas. Existem várias técnicas cromatográficas, como a cromatografia em coluna, a cromatografia em camada delgada e a cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Todas elas têm por base o uso de adsorventes (elementos que fixam as moléculas de uma substância em sua superfície) e eluentes (solventes usados para “soltar” as moléculas da superfície do adsorvente, e que podem ser líquidos ou gases, puros ou em mistura). As frações obtidas são por sua vez testadas (no mesmo ensaio para o qual o “extrato-mãe" foi ativo) e assim a fração ativa vai sendo re-fracionada até a obtenção de uma substância pura, que também é testada. Nem sempre é possível obter uma substância pura ao final desse processo. Muitas vezes ocorrem decomposições ou perda da atividade da substância, pois não é raro que a responsável pela atividade biológica seja uma mistura de substâncias. Isto se chama sinergismo, que ocorre quando duas ou mais moléculas interagem e provocam a atividade que está sendo estudada. Quando chega-se, enfim, a determinar quais moléculas são as responsáveis pela atividade pesquisada, torna-se necessário partir para a elucidação estrutural. Ou seja, para determinar qual é a estrutura química da molécula ativa. Para isso são utilizadas várias técnicas espectroscópicas como a Ressonância Magnética Nuclear, o Infra-vermelho, o Ultravioleta ou a Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas. Após análise dos resultados obtidos com todas essas técnicas é possível dizer quantos átomos a molécula tem, quais os tipos de átomos e como os átomos estão ligados entre si. Assim vai-se "montando" a estrutura da molécula, como numa espécie de quebra-cabeça. Finalmente, a molécula "montada" é comparada com as já descritas na literatura especializada e verifica-se se ela já era conhecida ou se é a primeira vez que está sendo descrita. Com esses dados em mãos, pode-se enfim publicar os resultados encontrados (se forem interessantes ou promissores) tanto em seus aspectos químicos quanto biológicos. Plantas amazônicas com potencial biológico e cosmético Nesta pesquisa bisca-se identificar, isolar e testar produtos naturais com atividades antioxidante (que podem combater o envelhecimento celular), antifúngica, antibacteriana e larvicida. 2003-04-17 http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4880635931634633 Ciências Biológicas Inicialmente são coletadas plantas utilizadas ou conhecidas tradicionalmente pela população, com o fim de verificar se as mesmas são realmente eficazes para as finalidades alegadas (em geral cura de doenças) através de ensaios de laboratório (testes). Também são coletadas “aparentadas” às plantas com substâncias ativas. Se os extratos dessas plantas forem ativos, serão estudados quimicamente. Se a atividade for muito interessante, outro grupo de pesquisadores realiza ensaios de toxicidade aguda e crônica em cobaias (animais usados em laboratório para experimentos). Inicialmente os materiais vegetais usados nos ensaios (folhas, galhos, frutos, flores) são secos em estufa a aproximadamente 50 graus centígrados e moídos. Depois esse material é extraído com o uso de solventes orgânicos (diclorometano e metanol/H2O) e em seguida o solvente utilizado é evaporado num rota-evaporador. O que resta são os extratos vegetais. Os extratos obtidos são então submetidos a bioensaios em laboratório. Os extratos que apresentam atividade biológica, isto é, que são ativos (matando larvas de mosquito, ou bactérias, ou fungos, ou que são anti-inflamatórios ou anti-oxidantes) são fracionados (isto é, têm seus componentes separados) através de técnicas cromatográficas. Existem várias técnicas cromatográficas, como a cromatografia em coluna, a cromatografia em camada delgada e a cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Todas elas têm por base o uso de adsorventes (elementos que fixam as moléculas de uma substância em sua superfície) e eluentes (solventes usados para “soltar” as moléculas da superfície do adsorvente, e que podem ser líquidos ou gases, puros ou em mistura). As frações obtidas são por sua vez testadas (no mesmo ensaio para o qual o “extrato-mãe" foi ativo) e assim a fração ativa vai sendo re-fracionada até a obtenção de uma substância pura, que também é testada. Nem sempre é possível obter uma substância pura ao final desse processo. Muitas vezes ocorrem decomposições ou perda da atividade da substância, pois não é raro que a responsável pela atividade biológica seja uma mistura de substâncias. Isto se chama sinergismo, que ocorre quando duas ou mais moléculas interagem e provocam a atividade que está sendo estudada. Quando chega-se, enfim, a determinar quais moléculas são as responsáveis pela atividade pesquisada, torna-se necessário partir para a elucidação estrutural. Ou seja, para determinar qual é a estrutura química da molécula ativa. Para isso são utilizadas várias técnicas espectroscópicas como a Ressonância Magnética Nuclear, o Infra-vermelho, o Ultravioleta ou a Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas. Após análise dos resultados obtidos com todas essas técnicas é possível dizer quantos átomos a molécula tem, quais os tipos de átomos e como os átomos estão ligados entre si. Assim vai-se "montando" a estrutura da molécula, como numa espécie de quebra-cabeça. Finalmente, a molécula "montada" é comparada com as já descritas na literatura especializada e verifica-se se ela já era conhecida ou se é a primeira vez que está sendo descrita. 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