Pesquisa brasileira busca novo processo para a síntese do éter metílico, combustível alternativo aos derivados de petróleo
Autor principal: | |
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Publicado em: |
2003
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Os pesquisadores transformam éter metílico ( DME ) em combustível substituindo assim, os derivados de petróleo. |
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Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, o Brasil gasta anualmente mais de 1,1 bilhão de dólares somente com importação de óleo diesel e outros 400 milhões com GLP.
Além do alto custo, a dependência nacional da importação destes combustíveis apresenta outros problemas, na medida em que está sujeita a oscilações de preços e de fornecimento, causadas por alterações políticas e econômicas da conjuntura mundial.
A pesquisa em desenvolvimento, portanto, reveste-se de aspectos relevantes do ponto de vista econômico, estratégico e de soberania nacional, além de representar um avanço tecnológico e um caminho para o aprimoramento de mão de obra altamente especializada. A disputa por fontes de combustível derivado de petróleo tem levado a sucessivas situações de crise política e econômica, e até a guerras. Os valores envolvidos na importação e comercialização global de gasolina, óleo diesel e outros combustíveis petrolíferos, sua importância estratégica e sua não renovabilidade são fatores cruciais para a independência e auto-determinação dos povos, seja em escala planetária, seja em escala nacional. Entre as alternativas aos combustíveis petrolíferos que despontaram recentemente nas empresas e centros de pesquisa dos países mais desenvolvidos, está a utilização de éter metílico, conhecido como DME (da sigla em inglês para dimetil éter), como combustível. Inofensivo à camada de ozônio, o éter metílico é usado atualmente principalmente em aerossóis, substituindo compostos poluentes a base de cloro e flúor. Porém outros usos importantes estão sendo propostos: combustível para termoelétricas e células a combustível, insumo para a indústria petroquímica onde destaca-se na produção de eteno e formaldeído, e vetor para transporte de gás natural (já que garante a possibilidade de ser estocado em forma líquida, como ocorre com o GLP, sigla de Gás Liquefeito de Petróleo, o popular gás de cozinha). O mais importante é que seu emprego para substituição do diesel e do GLP parece ser uma possibilidade real. De fato, o DME dispõe de propriedades físico-químicas muito semelhantes às do GLP e por outro lado apresenta índice de octana elevado, o que possibilidade a seu emprego em motores do ciclo Diesel. Nesse contexto, e considerando as vantagens, para o país, da conquista de auto-suficiência no campo dos combustíveis, cientistas do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, em associação com outros pesquisadores do Instituto Militar de Engenharia, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Universidade Federal do Rio de Janeiro vêm desenvolvendo estudos para substituição dos combustíveis derivados de petróleo, e mais especificamente na síntese do DME. Veiculo que utiliza DME Boca de fogão que pode ser adaptada para modificar motores Processo de síntese No caso do Brasil, o produto se adequaria peculiarmente pela grande demanda de óleo diesel e GLP, pela grande disponibilidade de gás natural e por sua ainda modesta utilização comercial. Em função dessas potencialidades, o Instituto Nacional de Tecnologia, juntamente com o Centro de Pesquisas da Petrobrás, propôs a formação de uma rede nacional de pesquisa e desenvolvimento em DME que leve à utilização comercial deste combustível. Esse novo projeto envolveria a participação de diversas empresas do setor, centros de pesquisa e universidades e prevê etapas de estudos de viabilidade econômica, modificação dos motores a diesel, adaptação de fogões e aquecedores, além do aprimoramento do processo de obtenção direta do éter metílico. Este processo, cujo desenvolvimento é atualmente financiados pela Petrobras e CT-Petro, visa a produção do DME diretamente a partir do chamado gás de síntese, obtido do gás natural. No processo tradicional, o DME é sintetizado através da desidratação do metanol, gerado pelo gás de síntese. Porém o processo pesquisado, mais direto, pode ser viabilizado através do uso de novos catalisadores, em desenvolvimento no Laboratório de Catálise, da Divisão de Catálise e Processos Químicos do INT. Além do Instituto, outros laboratórios participam desta pesquisa, como os do CENPES, IME, PUC e UFRJ. |
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Petrobrás Fundo Setorial de Petróleo e Gás Natural |
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2003 |
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251712024-10-01T19:00:43Z1[CeS] Textos de divulgação Pesquisa brasileira busca novo processo para a síntese do éter metílico, combustível alternativo aos derivados de petróleo Lucia Gorenstin Appel Petróleo Combustível Gás Petrobrás Fundo Setorial de Petróleo e Gás Natural 2003-10-10 CAPA.jpg vignette : https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/large/93ed6d80b6906742cb7e5b850294399a6abbd61f.jpg Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, o Brasil gasta anualmente mais de 1,1 bilhão de dólares somente com importação de óleo diesel e outros 400 milhões com GLP. Além do alto custo, a dependência nacional da importação destes combustíveis apresenta outros problemas, na medida em que está sujeita a oscilações de preços e de fornecimento, causadas por alterações políticas e econômicas da conjuntura mundial. A pesquisa em desenvolvimento, portanto, reveste-se de aspectos relevantes do ponto de vista econômico, estratégico e de soberania nacional, além de representar um avanço tecnológico e um caminho para o aprimoramento de mão de obra altamente especializada. A disputa por fontes de combustível derivado de petróleo tem levado a sucessivas situações de crise política e econômica, e até a guerras. Os valores envolvidos na importação e comercialização global de gasolina, óleo diesel e outros combustíveis petrolíferos, sua importância estratégica e sua não renovabilidade são fatores cruciais para a independência e auto-determinação dos povos, seja em escala planetária, seja em escala nacional. Entre as alternativas aos combustíveis petrolíferos que despontaram recentemente nas empresas e centros de pesquisa dos países mais desenvolvidos, está a utilização de éter metílico, conhecido como DME (da sigla em inglês para dimetil éter), como combustível. Inofensivo à camada de ozônio, o éter metílico é usado atualmente principalmente em aerossóis, substituindo compostos poluentes a base de cloro e flúor. Porém outros usos importantes estão sendo propostos: combustível para termoelétricas e células a combustível, insumo para a indústria petroquímica onde destaca-se na produção de eteno e formaldeído, e vetor para transporte de gás natural (já que garante a possibilidade de ser estocado em forma líquida, como ocorre com o GLP, sigla de Gás Liquefeito de Petróleo, o popular gás de cozinha). O mais importante é que seu emprego para substituição do diesel e do GLP parece ser uma possibilidade real. De fato, o DME dispõe de propriedades físico-químicas muito semelhantes às do GLP e por outro lado apresenta índice de octana elevado, o que possibilidade a seu emprego em motores do ciclo Diesel. Nesse contexto, e considerando as vantagens, para o país, da conquista de auto-suficiência no campo dos combustíveis, cientistas do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, em associação com outros pesquisadores do Instituto Militar de Engenharia, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Universidade Federal do Rio de Janeiro vêm desenvolvendo estudos para substituição dos combustíveis derivados de petróleo, e mais especificamente na síntese do DME. Veiculo que utiliza DME Boca de fogão que pode ser adaptada para modificar motores Processo de síntese No caso do Brasil, o produto se adequaria peculiarmente pela grande demanda de óleo diesel e GLP, pela grande disponibilidade de gás natural e por sua ainda modesta utilização comercial. Em função dessas potencialidades, o Instituto Nacional de Tecnologia, juntamente com o Centro de Pesquisas da Petrobrás, propôs a formação de uma rede nacional de pesquisa e desenvolvimento em DME que leve à utilização comercial deste combustível. Esse novo projeto envolveria a participação de diversas empresas do setor, centros de pesquisa e universidades e prevê etapas de estudos de viabilidade econômica, modificação dos motores a diesel, adaptação de fogões e aquecedores, além do aprimoramento do processo de obtenção direta do éter metílico. Este processo, cujo desenvolvimento é atualmente financiados pela Petrobras e CT-Petro, visa a produção do DME diretamente a partir do chamado gás de síntese, obtido do gás natural. No processo tradicional, o DME é sintetizado através da desidratação do metanol, gerado pelo gás de síntese. Porém o processo pesquisado, mais direto, pode ser viabilizado através do uso de novos catalisadores, em desenvolvimento no Laboratório de Catálise, da Divisão de Catálise e Processos Químicos do INT. Além do Instituto, outros laboratórios participam desta pesquisa, como os do CENPES, IME, PUC e UFRJ. Rotas não tradicionais de geração de insumos petroquímicos e combustíveis a partir do gás natural – GTL 2. Geração de dimetil éter por síntese direta em escala de bancada e geração de dados para um projeto de planta piloto Os pesquisadores transformam éter metílico ( DME ) em combustível substituindo assim, os derivados de petróleo. 2003-10-10 Engenharias No caso do Brasil, o produto se adequaria peculiarmente pela grande demanda de óleo diesel e GLP, pela grande disponibilidade de gás natural e por sua ainda modesta utilização comercial. Em função dessas potencialidades, o Instituto Nacional de Tecnologia, juntamente com o Centro de Pesquisas da Petrobrás, propôs a formação de uma rede nacional de pesquisa e desenvolvimento em DME que leve à utilização comercial deste combustível. Esse novo projeto envolveria a participação de diversas empresas do setor, centros de pesquisa e universidades e prevê etapas de estudos de viabilidade econômica, modificação dos motores a diesel, adaptação de fogões e aquecedores, além do aprimoramento do processo de obtenção direta do éter metílico. Este processo, cujo desenvolvimento é atualmente financiados pela Petrobras e CT-Petro, visa a produção do DME diretamente a partir do chamado gás de síntese, obtido do gás natural. No processo tradicional, o DME é sintetizado através da desidratação do metanol, gerado pelo gás de síntese. Porém o processo pesquisado, mais direto, pode ser viabilizado através do uso de novos catalisadores, em desenvolvimento no Laboratório de Catálise, da Divisão de Catálise e Processos Químicos do INT. Além do Instituto, outros laboratórios participam desta pesquisa, como os do CENPES, IME, PUC e UFRJ. https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/25171 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/93ed6d80b6906742cb7e5b850294399a6abbd61f.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/4d219567a417ef7686e621693e5bfbef69cdab4d.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/81845e987cd344a62ea6847d2f7a84a3a0dd475e.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/e2f803a0a26c30d861cc31b8f683798170e649b8.jpg |