Cientistas mapeiam distribuição de insetos na Amazônia distante
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Publicado em: |
2002
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Mapeamento da distribuição das espécies e melhor interpretação dos dados relativos às suas origens, distribuição e evolução. |
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A Amazônia é conhecida como o principal centro de biodiversidade do mundo, sendo que os insetos representam o grupo de seres vivos com o maior número de espécies, superando até as plantas.
No entanto, trabalhos sobre a biodiversidade, biogeografia (distribuição espacial das espécies em dado território) e sistemática de grupos de insetos amazônicos são esparsos e incompletos.
Estudos sobre a fauna e flora na Amazônia brasileira praticamente estão restritos a regiões de fácil acesso, como o vale amazônico, os grandes centros urbanos, ao longo das calhas dos grandes rios e ultimamente as áreas sujeitas a impacto ambiental iminente.
Muitas áreas com características ímpares (como os chamados escudos geológicos guianense e central brasileiro) ainda não foram exploradas cientificamente, representando hiatos de amostragens na geografia da região.
Enquanto isso, desequilíbrios ecológicos podem levar à extinção de milhares de espécies biológicas antes mesmo de serem conhecidas pela ciência. Assim, levantamentos amplos e intensivos poderão ser os únicos testemunhos para muitas espécies amazônicas.
Por outro lado, a classificação e distribuição dos organismos é uma pesquisa básica, que antecede qualquer trabalho aplicado ou de compreensão do papel ecológico dos grupos de animais para uma melhor utilização dos ecossistemas da Amazônia. Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), estão fazendo estudos através de coleta, triagem e identificação de insetos em áreas pouco ou quase inexploradas da região amazônica visando descobrir como a fauna se distribui em um gradiente latitudinal e longitudinal, quantas espécies existem, porque só são encontradas em determinadas áreas e quais foram os eventos que separaram as populações conduzindo à formação de novas espécies. A partir destes estudos os cientistas mapeiam a distribuição das espécies e interpretam melhor os dados relativos às suas origens, distribuição e evolução. 00097_1.jpg 00097_2.jpg 00097_3.jpg 00097_4.jpg 00097_5.jpg A pesquisa estuda os seguintes grupos de insetos: Lepidoptera (Sphingidae, Saturnidae); Coleoptera (Passalidae, Hydrophylidae, Dytiscidae, Lymexylidae); Diptera (Empididae, Pipunculidae, Tabanidae, Calliphoridae, Culicidae, Tephritidae, Simulidae), Ephemeroptera e Collembola além de plantas aquáticas da família Podostemacea e de microalgas em geral, associadas à biologia de algumas destas espécies. As coletas estão sendo realizadas em três grandes áreas com diferentes formações geológicas: Roraima (RR) no escudo guianense e Rondônia, no escudo central brasileiro, e o Vale Amazônico, representado pelo município de Manaus e outros municípios nos arredores. Os dados obtidos permitirão análises comparativas para interpretar processos evolutivos da diversidade desses organismos na Amazônia. |
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248532024-10-01T19:00:40Z1[CeS] Textos de divulgação Cientistas mapeiam distribuição de insetos na Amazônia distante Maria José do Nascimento Lopes Insetos Região amazônica Fauna Evolução Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações 2002-12-20 281.jpg vignette : https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/large/2d333e139e099d026bce2fa606ac737ec8372e6e.jpg A Amazônia é conhecida como o principal centro de biodiversidade do mundo, sendo que os insetos representam o grupo de seres vivos com o maior número de espécies, superando até as plantas. No entanto, trabalhos sobre a biodiversidade, biogeografia (distribuição espacial das espécies em dado território) e sistemática de grupos de insetos amazônicos são esparsos e incompletos. Estudos sobre a fauna e flora na Amazônia brasileira praticamente estão restritos a regiões de fácil acesso, como o vale amazônico, os grandes centros urbanos, ao longo das calhas dos grandes rios e ultimamente as áreas sujeitas a impacto ambiental iminente. Muitas áreas com características ímpares (como os chamados escudos geológicos guianense e central brasileiro) ainda não foram exploradas cientificamente, representando hiatos de amostragens na geografia da região. Enquanto isso, desequilíbrios ecológicos podem levar à extinção de milhares de espécies biológicas antes mesmo de serem conhecidas pela ciência. Assim, levantamentos amplos e intensivos poderão ser os únicos testemunhos para muitas espécies amazônicas. Por outro lado, a classificação e distribuição dos organismos é uma pesquisa básica, que antecede qualquer trabalho aplicado ou de compreensão do papel ecológico dos grupos de animais para uma melhor utilização dos ecossistemas da Amazônia. Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), estão fazendo estudos através de coleta, triagem e identificação de insetos em áreas pouco ou quase inexploradas da região amazônica visando descobrir como a fauna se distribui em um gradiente latitudinal e longitudinal, quantas espécies existem, porque só são encontradas em determinadas áreas e quais foram os eventos que separaram as populações conduzindo à formação de novas espécies. A partir destes estudos os cientistas mapeiam a distribuição das espécies e interpretam melhor os dados relativos às suas origens, distribuição e evolução. 00097_1.jpg 00097_2.jpg 00097_3.jpg 00097_4.jpg 00097_5.jpg A pesquisa estuda os seguintes grupos de insetos: Lepidoptera (Sphingidae, Saturnidae); Coleoptera (Passalidae, Hydrophylidae, Dytiscidae, Lymexylidae); Diptera (Empididae, Pipunculidae, Tabanidae, Calliphoridae, Culicidae, Tephritidae, Simulidae), Ephemeroptera e Collembola além de plantas aquáticas da família Podostemacea e de microalgas em geral, associadas à biologia de algumas destas espécies. As coletas estão sendo realizadas em três grandes áreas com diferentes formações geológicas: Roraima (RR) no escudo guianense e Rondônia, no escudo central brasileiro, e o Vale Amazônico, representado pelo município de Manaus e outros municípios nos arredores. Os dados obtidos permitirão análises comparativas para interpretar processos evolutivos da diversidade desses organismos na Amazônia. Sistemática da entomofauna e de algumas plantas aquáticas associadas, na Amazônia. Mapeamento da distribuição das espécies e melhor interpretação dos dados relativos às suas origens, distribuição e evolução. 2002-12-20 Ciências Biológicas A pesquisa estuda os seguintes grupos de insetos: Lepidoptera (Sphingidae, Saturnidae); Coleoptera (Passalidae, Hydrophylidae, Dytiscidae, Lymexylidae); Diptera (Empididae, Pipunculidae, Tabanidae, Calliphoridae, Culicidae, Tephritidae, Simulidae), Ephemeroptera e Collembola além de plantas aquáticas da família Podostemacea e de microalgas em geral, associadas à biologia de algumas destas espécies. As coletas estão sendo realizadas em três grandes áreas com diferentes formações geológicas: Roraima (RR) no escudo guianense e Rondônia, no escudo central brasileiro, e o Vale Amazônico, representado pelo município de Manaus e outros municípios nos arredores. Os dados obtidos permitirão análises comparativas para interpretar processos evolutivos da diversidade desses organismos na Amazônia. https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/24853 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/2d333e139e099d026bce2fa606ac737ec8372e6e.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/fb129fc10b1a00cb57907f1b3b301c5ed389acc6.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/93296e655759d04a6ad4b370044498ccc3d35f7a.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/c0ee763952ce64c0d272b0399d9bd90e01fe6afc.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/a422bffa8352ed120b94064f7ee3fa743d2de523.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/78d4f6c5019ec1429147302ed70499e2a648e612.jpg |