Cientistas propõem uso de rejeitos minerais para a produção de fertilizantes potássicos

Detalhes bibliográficos
Principais autores:	Marisa Nascimento, Ericksson e Almendra, Reiner Neumann, Francisco Lapido Loureiro
Formato:	Online
Publicado em:	2003
Assuntos:	Produção agrícola Mineral Fertilizante
Acesso em linha:	https://canalciencia.ibict.br/ciencia-em-sintese/artigo?item_id=24494

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abstract	O estudo busca viabilizar a forma de usar os rejeitos minerais para a produção de fertilizantes de potássio.
coverage	Mais de 86% do potássio consumido no Brasil como fertilizante é importado. O potássio complementar é originário de uma única mina produtora, no Estado de Sergipe. Esse consumo vem aumentando a cada ano. Só em 2001 cerca de 2,5 milhões de toneladas de potássio foram importadas. Isso equivale a US$ 530 milhões, sendo de grande importância então a pesquisa de fontes nacionais desse nutriente. O potássio é um importante nutriente para o crescimento e desenvolvimento vegetal. Apenas uma pequena parte do potássio utilizado pelo Brasil para produção agrícola é efetivamente produzido em território nacional, tendo origem do Canadá a maior parcela de nossas importações. Pesquisadores da Coordenação dos Programas de Pós Graduação em Engenharia (COPPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM) do Ministério da Ciência e Tecnologia, com a ajuda das Indústrias Nucleares do Brasil, estudam como produzir um sal de potássio para fertilizantes a partir de um estéril (feldspato potássico) de uma mina localizada em Poços de Caldas, Minas Gerais. A mina pertencente às Indústrias Nucleares do Brasil, foi originalmente um depósito de Urânio e está sendo desativada. É interessante ressaltar que atividades hidrotermais naquela região dos municípios de Caldas e de Poços de Caldas deram origem a um tipo de enriquecimento do solo em íons específicos tais como Potássio, Urânio e Tório. Daí a grande importância da região. Para extrair o potássio os pesquisadores desenvolveram um processo hidrometalúrgico onde o feldspato, finamente dividido, é tratado com soluções alcalinas em temperaturas e pressões elevadas. O interessante é que durante esse processo tem-se a formação de novos minerais, as zeólitas. Esses minerais são de grande importância em áreas como extração de petróleo e meio-ambiente. 00136_1.jpg 00136_2.jpg 00136_3.jpg As principais etapas destes estudos incluem: 1.Caracterização químico-mineralógica e tecnológica do material selecionado para estudo; 2.pesquisa e desenvolvimento de processos hidropirometalúrgicos; 3.análises químicas de acompanhamento e caracterização químico-mineralógica dos resíduos sólidos; 4.definição das variáveis mais efetivas do processo; 5.otimização do(s) processo(s) através de modelos matemáticos estatisticamente definidos; 6.pré avaliação econômica em escala de laboratório; 7.estudo de avaliação econômica em escala piloto; e 8.estudo preliminar de instalação do núcleo industrial. Já está em curso um pedido de patente, estudando-se a hipótese de um segundo pedido.
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