Segurança da concentração de nitrato em cultivos hidropônicos do alface é pesquisada em Rondônia
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2004
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Foi analisado, neste estudo, o teor da concentração de nitrato em cultivo de alface no sistema hidropônico |
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Uma das hipóteses levantadas pelos pesquisadores em relação à baixa concentração de nitrato no alface hidropônico teria como causa a alta temperatura e luminosidade na região amazônica.
Como a incidência de luz é muito alta, o metabolismo da planta seria acelerado e esse processo dificultaria o acúmulo da substância pesquisada.
Outra ponderação dos cientistas é em relação ao cultivo do alface no solo é que, em sistema convencional, utilizando adubos químicos, o alface pode apresentar maior concentração de nitrato, enquanto as plantas pesquisadas em Rondônia, em sistemas hidropônicos, apresentaram boas condições para o consumo. A relação entre as condições climáticas de regiões caracterizadas por alta luminosidade, temperaturas elevadas e incidência de chuvas, como o Norte do Brasil, e a concentração de nitrato (NO3) em plantas destinadas ao consumo humano, é ainda pouco conhecida. Em regiões de clima frio, como na Europa, as características climáticas favorecem o acúmulo do nitrato, substância da qual as plantas necessitam para sintetizar os nutrientes que usam para seu desenvolvimento, mas que, em altas concentrações, pode causar câncer e alterações na pigmentação da pele em seres humanos. Além dessa desinformação, o desconhecimento em relação ao acúmulo de nitrato abarca também em que grau a hidroponia (sistema de cultivo, dentro de estufas, sem uso de solo, no qual os nutrientes que as plantas precisam para desenvolvimento e produção são fornecidos somente por água enriquecida, a chamada solução nutritiva) influencia na concentração de nitrato em áreas tropicais. A ausência destes dados é motivo de especial preocupação em regiões brasileiras como Rondônia, por exemplo, onde além de maiores taxas de calor, luz e chuvas, a maioria do alface comercializado para uso alimentar provém de plantios hidropônicos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, embora as plantas necessitem do nitrato para transformá-lo em proteínas e aminoácidos, assim como o homem, em concentrações acima de 2.500 miligramas de nitrato/quilo de matéria fresca de alface, a substância é tóxica. De fato, nas plantas, o aumento da concentração de nitrato forma depósitos em pequenos reservatórios localizados nas células, os vacúolos, sem provocar danos visíveis, mas nos seres humanos altas concentrações da substância podem formar as nitrozaminas, que provocam alguns tipos de câncer. Outro problema ocorre quando a substância é metabolizada, transformando-se em nitrito, e impedindo que o oxigênio circule pelo corpo, deixando de abastecer células e tecidos. Nesse caso, a pigmentação da pele é destruída. O alface com acúmulo de nitrito apresenta sabor amargo nas folhas. No caso do cultivo hidropônico a absorção de nitrato a partir da solução nutritiva, composta por macro e micro nutrientes, e que é essencial para a planta, não pode ultrapassar os índices-limite da Organização Mundial de Saúde. Para verificar se e como a hidroponia de alface, em regiões de grande luminosidade, calor e incidência de chuvas, influencia a concentração de nitrato, biólogos da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) sob a coordenação de pesquisadores da área de Ciências do Solo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Rondônia), analisaram a concentração de nitrato em cultivares de alface no sistema hidropônico, em propriedades periurbanas de Porto Velho, capital do estado. 00207_1.jpg 00207_2.jpg 00207_3.jpg A escolha do foco metodológico da pesquisa sobre a cultura "alface" foi determinada pela facilidade desta planta em acumular nitrato, além do fato de seu cultivo hidropônico ser bastante aceito entre os consumidores. Segundo os pesquisadores, Porto Velho pode ter a maior concentração de sistemas hidropônicos por metro quadrado do país. A equipe de pesquisadores selecionou as variedades mais vendidas em feiras e supermercados – crespa, lisa e americana – de duas hidroponias fornecedoras do município. A coleta do material foi realizada simultaneamente nas duas propriedades, já que a temperatura e a luminosidade influem na concentração de nitrato. Após a identificação dos materiais em laboratório da Embrapa, os pesquisadores fizeram a pesagem da matéria fresca em três estágios de crescimento da planta: de oito a 15 dias, de 20 a 30 dias e de 40 a 50 dias, época ideal para o consumo. O nitrogênio total das plantas foi então medido, verificando-se a inexistência de correlação entre o acúmulo de nutrientes e o crescimento da planta, contrariando conclusões da literatura especializada que associavam o acúmulo de nitrogênio (g de nitrogênio/planta) com o crescimento. Os dados obtidos indicam que o aumento de nitrogênio (sob forma de nitrato) na planta (alface) não implica em aumento na produção de matéria seca de alface nas condições de ambiente protegido em Porto Velho durante o período estudado. Isso poderia indicar que o nitrogênio não proporciona aumento no crescimento/desenvolvimento, o que poderia levar ao acúmulo de nitrato. Entretanto isso também não ocorreu, conforme as medidas de nitrato, que representa a forma de nitrogênio acumulado. Segundo algumas hipóteses, a hidroponia poderia promover um consumo “de luxo”, isto é, a planta absorver o nitrato e este permanecer acumulado, sem ser metabolizado, especialmente, em condições de redução de luminosidade (como no inverno amazônico) e considerando a baixa capacidade fotosintética do alface e as condições de abundância de nitrogênio, como no caso do cultivo de hortaliças em geral. Outro resultado da pesquisa refere-se à medida de adubação, pois se o aumento de nitrogênio nutriente não se reflete num aumento na produção de matéria seca, isso pode indicar um desperdício de adubação anti-econômico. A confirmação dessa possibilidade, entretanto, depende do estudo de doses crescentes de nitrogênio. O que se pode afirmar é que nas condições climáticas de Porto Velho o risco de haver acúmulo de nitrato é praticamente nulo. O trabalho diferencia-se, assim, por ter sido realizado nas condições da Amazônia Ocidental que apresenta no período chuvoso uma redução na intensidade luminosa (inverno amazônico). A menor intensidade luminosa leva à redução na produção de matéria seca, devido à reduzida capacidade fotossintética do alface, com a consequente possibilidade de não aproveitamento da disponibilidade de nutrientes como o nitrogenio, podendo ocorrer, em tese, o acúmulo de nitrato, como sucede nas regiões frias. Entretanto esse fenômeno não foi observado, o que leva a dizer que os supostos efeitos cancerígenos do alface, quando consumido em regiões tropicais, são um mito. A concentração de nitrato foi verificada pelo Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), onde foram encontrados níveis entre 433 e 547 miligramas por quilo de matéria fresca, bem abaixo do índice que indica toxicidade. |
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243512024-10-01T19:00:35Z1[CeS] Textos de divulgação Segurança da concentração de nitrato em cultivos hidropônicos do alface é pesquisada em Rondônia Angelo Mansur Mendes Ambiente natural Biologia Brasil Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Universidade Federal de Rondônia 2004-03-16 121.jpg vignette : https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/large/5cb9dc3e5e8ab10d750414f4c6a1dc0ed8d093fd.jpg Uma das hipóteses levantadas pelos pesquisadores em relação à baixa concentração de nitrato no alface hidropônico teria como causa a alta temperatura e luminosidade na região amazônica. Como a incidência de luz é muito alta, o metabolismo da planta seria acelerado e esse processo dificultaria o acúmulo da substância pesquisada. Outra ponderação dos cientistas é em relação ao cultivo do alface no solo é que, em sistema convencional, utilizando adubos químicos, o alface pode apresentar maior concentração de nitrato, enquanto as plantas pesquisadas em Rondônia, em sistemas hidropônicos, apresentaram boas condições para o consumo. A relação entre as condições climáticas de regiões caracterizadas por alta luminosidade, temperaturas elevadas e incidência de chuvas, como o Norte do Brasil, e a concentração de nitrato (NO3) em plantas destinadas ao consumo humano, é ainda pouco conhecida. Em regiões de clima frio, como na Europa, as características climáticas favorecem o acúmulo do nitrato, substância da qual as plantas necessitam para sintetizar os nutrientes que usam para seu desenvolvimento, mas que, em altas concentrações, pode causar câncer e alterações na pigmentação da pele em seres humanos. Além dessa desinformação, o desconhecimento em relação ao acúmulo de nitrato abarca também em que grau a hidroponia (sistema de cultivo, dentro de estufas, sem uso de solo, no qual os nutrientes que as plantas precisam para desenvolvimento e produção são fornecidos somente por água enriquecida, a chamada solução nutritiva) influencia na concentração de nitrato em áreas tropicais. A ausência destes dados é motivo de especial preocupação em regiões brasileiras como Rondônia, por exemplo, onde além de maiores taxas de calor, luz e chuvas, a maioria do alface comercializado para uso alimentar provém de plantios hidropônicos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, embora as plantas necessitem do nitrato para transformá-lo em proteínas e aminoácidos, assim como o homem, em concentrações acima de 2.500 miligramas de nitrato/quilo de matéria fresca de alface, a substância é tóxica. De fato, nas plantas, o aumento da concentração de nitrato forma depósitos em pequenos reservatórios localizados nas células, os vacúolos, sem provocar danos visíveis, mas nos seres humanos altas concentrações da substância podem formar as nitrozaminas, que provocam alguns tipos de câncer. Outro problema ocorre quando a substância é metabolizada, transformando-se em nitrito, e impedindo que o oxigênio circule pelo corpo, deixando de abastecer células e tecidos. Nesse caso, a pigmentação da pele é destruída. O alface com acúmulo de nitrito apresenta sabor amargo nas folhas. No caso do cultivo hidropônico a absorção de nitrato a partir da solução nutritiva, composta por macro e micro nutrientes, e que é essencial para a planta, não pode ultrapassar os índices-limite da Organização Mundial de Saúde. Para verificar se e como a hidroponia de alface, em regiões de grande luminosidade, calor e incidência de chuvas, influencia a concentração de nitrato, biólogos da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) sob a coordenação de pesquisadores da área de Ciências do Solo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Rondônia), analisaram a concentração de nitrato em cultivares de alface no sistema hidropônico, em propriedades periurbanas de Porto Velho, capital do estado. 00207_1.jpg 00207_2.jpg 00207_3.jpg A escolha do foco metodológico da pesquisa sobre a cultura "alface" foi determinada pela facilidade desta planta em acumular nitrato, além do fato de seu cultivo hidropônico ser bastante aceito entre os consumidores. Segundo os pesquisadores, Porto Velho pode ter a maior concentração de sistemas hidropônicos por metro quadrado do país. A equipe de pesquisadores selecionou as variedades mais vendidas em feiras e supermercados – crespa, lisa e americana – de duas hidroponias fornecedoras do município. A coleta do material foi realizada simultaneamente nas duas propriedades, já que a temperatura e a luminosidade influem na concentração de nitrato. Após a identificação dos materiais em laboratório da Embrapa, os pesquisadores fizeram a pesagem da matéria fresca em três estágios de crescimento da planta: de oito a 15 dias, de 20 a 30 dias e de 40 a 50 dias, época ideal para o consumo. O nitrogênio total das plantas foi então medido, verificando-se a inexistência de correlação entre o acúmulo de nutrientes e o crescimento da planta, contrariando conclusões da literatura especializada que associavam o acúmulo de nitrogênio (g de nitrogênio/planta) com o crescimento. Os dados obtidos indicam que o aumento de nitrogênio (sob forma de nitrato) na planta (alface) não implica em aumento na produção de matéria seca de alface nas condições de ambiente protegido em Porto Velho durante o período estudado. Isso poderia indicar que o nitrogênio não proporciona aumento no crescimento/desenvolvimento, o que poderia levar ao acúmulo de nitrato. Entretanto isso também não ocorreu, conforme as medidas de nitrato, que representa a forma de nitrogênio acumulado. Segundo algumas hipóteses, a hidroponia poderia promover um consumo “de luxo”, isto é, a planta absorver o nitrato e este permanecer acumulado, sem ser metabolizado, especialmente, em condições de redução de luminosidade (como no inverno amazônico) e considerando a baixa capacidade fotosintética do alface e as condições de abundância de nitrogênio, como no caso do cultivo de hortaliças em geral. Outro resultado da pesquisa refere-se à medida de adubação, pois se o aumento de nitrogênio nutriente não se reflete num aumento na produção de matéria seca, isso pode indicar um desperdício de adubação anti-econômico. A confirmação dessa possibilidade, entretanto, depende do estudo de doses crescentes de nitrogênio. O que se pode afirmar é que nas condições climáticas de Porto Velho o risco de haver acúmulo de nitrato é praticamente nulo. O trabalho diferencia-se, assim, por ter sido realizado nas condições da Amazônia Ocidental que apresenta no período chuvoso uma redução na intensidade luminosa (inverno amazônico). A menor intensidade luminosa leva à redução na produção de matéria seca, devido à reduzida capacidade fotossintética do alface, com a consequente possibilidade de não aproveitamento da disponibilidade de nutrientes como o nitrogenio, podendo ocorrer, em tese, o acúmulo de nitrato, como sucede nas regiões frias. Entretanto esse fenômeno não foi observado, o que leva a dizer que os supostos efeitos cancerígenos do alface, quando consumido em regiões tropicais, são um mito. A concentração de nitrato foi verificada pelo Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), onde foram encontrados níveis entre 433 e 547 miligramas por quilo de matéria fresca, bem abaixo do índice que indica toxicidade. Acúmulo de nitrato em cultivares de alface (Lactuca sativa) em sistema hidropônico Foi analisado, neste estudo, o teor da concentração de nitrato em cultivo de alface no sistema hidropônico 2004-03-16 Ciências Agrárias A escolha do foco metodológico da pesquisa sobre a cultura "alface" foi determinada pela facilidade desta planta em acumular nitrato, além do fato de seu cultivo hidropônico ser bastante aceito entre os consumidores. Segundo os pesquisadores, Porto Velho pode ter a maior concentração de sistemas hidropônicos por metro quadrado do país. A equipe de pesquisadores selecionou as variedades mais vendidas em feiras e supermercados – crespa, lisa e americana – de duas hidroponias fornecedoras do município. A coleta do material foi realizada simultaneamente nas duas propriedades, já que a temperatura e a luminosidade influem na concentração de nitrato. Após a identificação dos materiais em laboratório da Embrapa, os pesquisadores fizeram a pesagem da matéria fresca em três estágios de crescimento da planta: de oito a 15 dias, de 20 a 30 dias e de 40 a 50 dias, época ideal para o consumo. O nitrogênio total das plantas foi então medido, verificando-se a inexistência de correlação entre o acúmulo de nutrientes e o crescimento da planta, contrariando conclusões da literatura especializada que associavam o acúmulo de nitrogênio (g de nitrogênio/planta) com o crescimento. Os dados obtidos indicam que o aumento de nitrogênio (sob forma de nitrato) na planta (alface) não implica em aumento na produção de matéria seca de alface nas condições de ambiente protegido em Porto Velho durante o período estudado. Isso poderia indicar que o nitrogênio não proporciona aumento no crescimento/desenvolvimento, o que poderia levar ao acúmulo de nitrato. Entretanto isso também não ocorreu, conforme as medidas de nitrato, que representa a forma de nitrogênio acumulado. Segundo algumas hipóteses, a hidroponia poderia promover um consumo “de luxo”, isto é, a planta absorver o nitrato e este permanecer acumulado, sem ser metabolizado, especialmente, em condições de redução de luminosidade (como no inverno amazônico) e considerando a baixa capacidade fotosintética do alface e as condições de abundância de nitrogênio, como no caso do cultivo de hortaliças em geral. Outro resultado da pesquisa refere-se à medida de adubação, pois se o aumento de nitrogênio nutriente não se reflete num aumento na produção de matéria seca, isso pode indicar um desperdício de adubação anti-econômico. A confirmação dessa possibilidade, entretanto, depende do estudo de doses crescentes de nitrogênio. O que se pode afirmar é que nas condições climáticas de Porto Velho o risco de haver acúmulo de nitrato é praticamente nulo. O trabalho diferencia-se, assim, por ter sido realizado nas condições da Amazônia Ocidental que apresenta no período chuvoso uma redução na intensidade luminosa (inverno amazônico). A menor intensidade luminosa leva à redução na produção de matéria seca, devido à reduzida capacidade fotossintética do alface, com a consequente possibilidade de não aproveitamento da disponibilidade de nutrientes como o nitrogenio, podendo ocorrer, em tese, o acúmulo de nitrato, como sucede nas regiões frias. Entretanto esse fenômeno não foi observado, o que leva a dizer que os supostos efeitos cancerígenos do alface, quando consumido em regiões tropicais, são um mito. A concentração de nitrato foi verificada pelo Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), onde foram encontrados níveis entre 433 e 547 miligramas por quilo de matéria fresca, bem abaixo do índice que indica toxicidade. https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/24351 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/5cb9dc3e5e8ab10d750414f4c6a1dc0ed8d093fd.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/337438b349e8128956e66fcc4fb9af50934125ee.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/75641e3bd462c9a2bb219113175940add3ddac44.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/0272bd610550f6b3adc3f400eebfc4578855ae97.jpg |