Pesquisa sobre comportamento, área de distribuição e genética do Rato-da-Taquara ajuda a preservar a espécie
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Publicado em: |
2004
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A pesquisa obteve dados inéditos sobre a ecologia e comportamento do rato-da-taquara numa área legalmente protegida. |
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Os resultados da pesquisa poderão tornar-se, em primeiro lugar, instrumentos que contribuirão para a preservação da espécie. Outro ponto importante é o aumento do conhecimento científico sobre o comportamento, a variabilidade genética, e a área de distribuição do rato-de-taquara.
Finalmente, entre as metas da pesquisa está a de aumentar o conhecimento dos visitantes do Parque Estadual Itapuã sobre uma espécie virtualmente desconhecida, visando propiciar uma maior simpatia e favorecendo a sua preservação. Entre as espécies de roedores que ocorrem no Rio Grande do Sul está o rato-da-taquara (nome científico Kannabateomys amblyonyx), animal característico da região da Mata Atlântica. Sua ecologia é pouco conhecida e toda a informação científica existente provém de dois estudos conduzidos no sudeste brasileiro. Na região sul, próximo do limite austral de sua distribuição geográfica (área onde a espécie ocorre), sua ecologia ou mesmo a sua real área de distribuição são desconhecidas. Esse é um roedor especialista que ocorre somente associado a taquaras, tanto nativas quanto introduzidas. No Rio Grande do Sul, o fato das taquaras ocorrerem em manchas geralmente de extensão restrita, fato aliado aos pequenos tamanhos populacionais da espécie e a outras características citadas, faz com que o rato-da-taquara seja uma espécie potencialmente vulnerável quanto à sua conservação (ou seja, que pode correr risco de extinção). Diante disso, pesquisadores do Laboratório de Ecologia de Mamíferos da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), localizada em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, propõem uma pesquisa de campo para obter informações inéditas sobre a ecologia e comportamento do rato-da-taquara numa área legalmente protegida, bem como coletar dados sobre a variabilidade genética da população desse animal, visando contribuir para a sua conservação. Rato-da-Taquara (Kannabateomys amblyonyx) A pesquisa será realizada na área do Parque Estadual Itapuã (PEI), próximo a Porto Alegre, uma das poucas unidades de conservação gaúchas para a qual há a confirmação da ocorrência do rato-de-taquara. O estudo da espécie nesta área é importante porque no PEI esse animal ocorre principalmente associado a taquaras introduzidas (nome científico Bambusa tuldoides), as quais atualmente estão sob a ameaça de serem removidas. Assim, a própria permanência da espécie na área encontra-se também ameaçada. Os pesquisadores vão concentrar suas observações sobre o comportamento do rato-da-taquara. Sabe-se que as características de uso dos ambientes pelo K. amblyonyx fazem com que essa espécie possa manter uma dinâmica meta-populacional entre os grupos que ocorrem em diferentes touceiras de taquaras, com processos de extinção e recolonização locais e a necessidade de um grande número de manchas (isto é, de touceiras de taquaras) para manter populações viáveis. Essas características também fazem com que seja especialmente interessante realizar uma análise da variação geográfica, tanto de características morfológicas quanto genéticas/moleculares, associada a essa espécie. Essas análises, previstas na pesquisa, permitirão subsidiar políticas de manejo e preservação. |
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Entre as espécies de roedores que ocorrem no Rio Grande do Sul está o rato-da-taquara (nome científico Kannabateomys amblyonyx), animal característico da região da Mata Atlântica. Sua ecologia é pouco conhecida e toda a informação científica existente provém de dois estudos conduzidos no sudeste brasileiro. Na região sul, próximo do limite austral de sua distribuição geográfica (área onde a espécie ocorre), sua ecologia ou mesmo a sua real área de distribuição são desconhecidas. Esse é um roedor especialista que ocorre somente associado a taquaras, tanto nativas quanto introduzidas. No Rio Grande do Sul, o fato das taquaras ocorrerem em manchas geralmente de extensão restrita, fato aliado aos pequenos tamanhos populacionais da espécie e a outras características citadas, faz com que o rato-da-taquara seja uma espécie potencialmente vulnerável quanto à sua conservação (ou seja, que pode correr risco de extinção). Diante disso, pesquisadores do Laboratório de Ecologia de Mamíferos da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), localizada em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, propõem uma pesquisa de campo para obter informações inéditas sobre a ecologia e comportamento do rato-da-taquara numa área legalmente protegida, bem como coletar dados sobre a variabilidade genética da população desse animal, visando contribuir para a sua conservação. Rato-da-Taquara (Kannabateomys amblyonyx) A pesquisa será realizada na área do Parque Estadual Itapuã (PEI), próximo a Porto Alegre, uma das poucas unidades de conservação gaúchas para a qual há a confirmação da ocorrência do rato-de-taquara. O estudo da espécie nesta área é importante porque no PEI esse animal ocorre principalmente associado a taquaras introduzidas (nome científico Bambusa tuldoides), as quais atualmente estão sob a ameaça de serem removidas. Assim, a própria permanência da espécie na área encontra-se também ameaçada. Os pesquisadores vão concentrar suas observações sobre o comportamento do rato-da-taquara. Sabe-se que as características de uso dos ambientes pelo K. amblyonyx fazem com que essa espécie possa manter uma dinâmica meta-populacional entre os grupos que ocorrem em diferentes touceiras de taquaras, com processos de extinção e recolonização locais e a necessidade de um grande número de manchas (isto é, de touceiras de taquaras) para manter populações viáveis. Essas características também fazem com que seja especialmente interessante realizar uma análise da variação geográfica, tanto de características morfológicas quanto genéticas/moleculares, associada a essa espécie. Essas análises, previstas na pesquisa, permitirão subsidiar políticas de manejo e preservação. Ecologia, distribuição e variação genética do Rato-da-Taquara (Kannabateomys amblyonyx) no Rio Grande do Sul A pesquisa obteve dados inéditos sobre a ecologia e comportamento do rato-da-taquara numa área legalmente protegida. 2004-03-04 Ciências Biológicas A pesquisa será realizada na área do Parque Estadual Itapuã (PEI), próximo a Porto Alegre, uma das poucas unidades de conservação gaúchas para a qual há a confirmação da ocorrência do rato-de-taquara. O estudo da espécie nesta área é importante porque no PEI esse animal ocorre principalmente associado a taquaras introduzidas (nome científico Bambusa tuldoides), as quais atualmente estão sob a ameaça de serem removidas. Assim, a própria permanência da espécie na área encontra-se também ameaçada. Os pesquisadores vão concentrar suas observações sobre o comportamento do rato-da-taquara. Sabe-se que as características de uso dos ambientes pelo K. amblyonyx fazem com que essa espécie possa manter uma dinâmica meta-populacional entre os grupos que ocorrem em diferentes touceiras de taquaras, com processos de extinção e recolonização locais e a necessidade de um grande número de manchas (isto é, de touceiras de taquaras) para manter populações viáveis. Essas características também fazem com que seja especialmente interessante realizar uma análise da variação geográfica, tanto de características morfológicas quanto genéticas/moleculares, associada a essa espécie. Essas análises, previstas na pesquisa, permitirão subsidiar políticas de manejo e preservação. https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/23716 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/eeb5d856cad3c478b755f333ec4de2232a8b3f91.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/5d64ec9ed7f4052d4d5120702ccdfa3774e7d1ef.jpg |