Normas tributárias para preservar as florestas de Araucária do Paraná

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Paulo de Tarso de Lara Pires
Formato: Online
Publicado em: 2003
Assuntos:
Acesso em linha:https://canalciencia.ibict.br/ciencia-em-sintese/artigo?item_id=23714
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abstract O estudo analisa os instrumentos e propôs novas ferramentas jurídicas e tributárias que auxilia a preservação ambiental, dentro de contexto do uso racional dos recursos naturais.
coverage Após a análise dos dados, concluiu-se que as propostas com os dois impostos focados são viáveis, sendo instrumentos adequados a incentivar a conservação das áreas florestais, possibilitando ao proprietário rural uma renda alternativa, gerando renda e empregos para a região e, finalmente, não onerando o Erário Público. A pesquisa demonstra que o caminho para a preservação dos Biomas ameaçados está na realização de políticas públicas que busquem a harmonização entre um meio ambiente equilibrado e uma sociedade mais justa.
Apesar do crescente número de campanhas de preservação ambiental, e deste tema ter crescido em importância social, econômica e pedagógica desde os anos 80, a repressão e coerção têm se mostrado insuficientes para a proteção dos bens ambientais. Isso é verdadeiro para todos os principais biomas brasileiros, e em particular, para as florestas de araucária do Paraná, um dos ambientes mais ameaçados pela exploração econômica não sustentável. Partindo desse pressuposto, pesquisadores da Universidade Federal do Paraná analisaram o comportamento do setor florestal paranaense, em função da legislação florestal e ambiental vigente, tendo a Região das Florestas de Araucária como base produtora. O objetivo do estudo foi analisar os instrumentos existentes e propor novas ferramentas jurídicas e tributárias que pudessem auxiliar a preservação ambiental, dentro de um contexto de uso racional dos recursos naturais.
O foco do trabalho é o processo de desmatamento das florestas paranaenses, a evolução fundiária (isto é, da ocupação territorial por fazendas e demais propriedades) e a situação socioeconômica do Bioma Florestal com Araucária no Estado do Paraná, desde o processo de colonização da Província, percorrendo os grandes ciclos econômicos, até a atualidade. O estudo demonstra que uma maior eficiência de preservação poderia ser conseguida mediante a agregação de novos instrumentos legais e de políticas públicas, como a criação de novos espaços naturais protegidos, instituição de incentivos fiscais e a oferta de linhas especiais de crédito. A tarefa central proposta na tese seria a criação e desenho de um programa de gestão florestal, que contemplasse a conservação e a recuperação dos remanescentes florestais de Araucária no Estado, sem onerar de forma excessiva a região de influência, nem refrear o crescimento econômico do setor agroflorestal regional. Sustenta-se que um uso controlado dos recursos madeireiros e não madeireiros nas unidades de conservação de uso sustentável possibilitaria a autogestão dos espaços naturais protegidos, o controle dos estoques de madeira na região e, conseqüentemente, diminuiria a pressão sobre os remanescentes florestais locais. Outra proposta é a implementação de uma nova categoria de Unidade de Conservação, a Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável, que dá ao proprietário rural a alternativa de auferir lucro de suas florestas e, concomitantemente, facilita o incremento das áreas protegidas no Bioma Florestal com Araucária. Finalmente, entre as medida que se mostram viáveis nesta pesquisa, destaca-se a criação de dispositivos fiscais (tributários) para o incentivo à conservação do meio ambiente. As espécies tributárias escolhidas para este trabalho foram o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
institution Universidade Federal do Paraná
Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná
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publishDateFull 2003-03-04
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Apesar do crescente número de campanhas de preservação ambiental, e deste tema ter crescido em importância social, econômica e pedagógica desde os anos 80, a repressão e coerção têm se mostrado insuficientes para a proteção dos bens ambientais. Isso é verdadeiro para todos os principais biomas brasileiros, e em particular, para as florestas de araucária do Paraná, um dos ambientes mais ameaçados pela exploração econômica não sustentável. Partindo desse pressuposto, pesquisadores da Universidade Federal do Paraná analisaram o comportamento do setor florestal paranaense, em função da legislação florestal e ambiental vigente, tendo a Região das Florestas de Araucária como base produtora. O objetivo do estudo foi analisar os instrumentos existentes e propor novas ferramentas jurídicas e tributárias que pudessem auxiliar a preservação ambiental, dentro de um contexto de uso racional dos recursos naturais. O foco do trabalho é o processo de desmatamento das florestas paranaenses, a evolução fundiária (isto é, da ocupação territorial por fazendas e demais propriedades) e a situação socioeconômica do Bioma Florestal com Araucária no Estado do Paraná, desde o processo de colonização da Província, percorrendo os grandes ciclos econômicos, até a atualidade. O estudo demonstra que uma maior eficiência de preservação poderia ser conseguida mediante a agregação de novos instrumentos legais e de políticas públicas, como a criação de novos espaços naturais protegidos, instituição de incentivos fiscais e a oferta de linhas especiais de crédito. A tarefa central proposta na tese seria a criação e desenho de um programa de gestão florestal, que contemplasse a conservação e a recuperação dos remanescentes florestais de Araucária no Estado, sem onerar de forma excessiva a região de influência, nem refrear o crescimento econômico do setor agroflorestal regional. Sustenta-se que um uso controlado dos recursos madeireiros e não madeireiros nas unidades de conservação de uso sustentável possibilitaria a autogestão dos espaços naturais protegidos, o controle dos estoques de madeira na região e, conseqüentemente, diminuiria a pressão sobre os remanescentes florestais locais. Outra proposta é a implementação de uma nova categoria de Unidade de Conservação, a Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável, que dá ao proprietário rural a alternativa de auferir lucro de suas florestas e, concomitantemente, facilita o incremento das áreas protegidas no Bioma Florestal com Araucária. Finalmente, entre as medida que se mostram viáveis nesta pesquisa, destaca-se a criação de dispositivos fiscais (tributários) para o incentivo à conservação do meio ambiente. As espécies tributárias escolhidas para este trabalho foram o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Instrumentos Jurídicos para a gestão das Florestas de Araucárias no Estado do Paraná O estudo analisa os instrumentos e propôs novas ferramentas jurídicas e tributárias que auxilia a preservação ambiental, dentro de contexto do uso racional dos recursos naturais. 2003-03-04 Ciências Humanas O foco do trabalho é o processo de desmatamento das florestas paranaenses, a evolução fundiária (isto é, da ocupação territorial por fazendas e demais propriedades) e a situação socioeconômica do Bioma Florestal com Araucária no Estado do Paraná, desde o processo de colonização da Província, percorrendo os grandes ciclos econômicos, até a atualidade. O estudo demonstra que uma maior eficiência de preservação poderia ser conseguida mediante a agregação de novos instrumentos legais e de políticas públicas, como a criação de novos espaços naturais protegidos, instituição de incentivos fiscais e a oferta de linhas especiais de crédito. A tarefa central proposta na tese seria a criação e desenho de um programa de gestão florestal, que contemplasse a conservação e a recuperação dos remanescentes florestais de Araucária no Estado, sem onerar de forma excessiva a região de influência, nem refrear o crescimento econômico do setor agroflorestal regional. Sustenta-se que um uso controlado dos recursos madeireiros e não madeireiros nas unidades de conservação de uso sustentável possibilitaria a autogestão dos espaços naturais protegidos, o controle dos estoques de madeira na região e, conseqüentemente, diminuiria a pressão sobre os remanescentes florestais locais. Outra proposta é a implementação de uma nova categoria de Unidade de Conservação, a Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável, que dá ao proprietário rural a alternativa de auferir lucro de suas florestas e, concomitantemente, facilita o incremento das áreas protegidas no Bioma Florestal com Araucária. 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