Cientistas estudam produtos renováveis das leguminosas arbóreas da Amazônia

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Luiz Augusto Gomes de Souza
Formato: Online
Publicado em: 2003
Assuntos:
Acesso em linha:https://canalciencia.ibict.br/ciencia-em-sintese/artigo?item_id=23626
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abstract Os pesquisadores estudam as leguminosas florestais do baixo Rio Negro - AM.
coverage As alternativas de desenvolvimento para a Amazônia devem ser sustentáveis para que não ocorram desastres ecológicos ou alteração no clima desta região. Ao viabilizar formas de exploração econômica das riquezas renováveis compatíveis com o uso sustentável e econômico da biodiversidade, os pesquisadores exercem ações para se contrapor aos modelos de desenvolvimento predatório que muitas vezes não exploram sustentadamente o grande potencial de diversidade biológica que é um das principais riquezas que a floresta abriga. A coleta e exploração orientada de sub-produtos não madeireiros da floresta, portanto, apresenta um potencial econômico novo, capaz de contribuir para a capitalização de populações muitas vezes desconsideradas nos projetos de desenvolvimento regional. A adoção das recomendações dos resultados das pesquisas, trás também inovações tecnológicas, e com o conhecimento das espécies com maior potencial de aproveitamento pode-se contribuir para a seleção de espécies, aproveitando-se germoplasma (recursos genéticos) locais. Em termos gerais, a pesquisa permite: 1.inventariar as espécies de leguminosas arbóreas nativas do baixo rio Negro; 2.elaborar um catálogo para identificação das plantas, utilizando-se descritores morfológicos, aproveitáveis diretamente no campo (inclusive para atividades de ecoturismo); 3.selecionar espécies para recuperação de áreas degradadas e plantios de enriquecimento florestal; e 4.gerar resultados agronômicos e silviculturais, trazendo novos conhecimentos sobre o potencial bio-econômico das espécies.
Nos últimos anos tem crescido o uso econômico de alguns produtos não madeireiros, provenientes de leguminosas arbóreas da Amazônia. As leguminosas, mais conhecidas por suas espécies que produzem grãos como o feijão e a soja, são um grupo botânico muito numeroso, com hábito bastante diverso, variando de árvores de grande porte até mesmo ervas anuais produtoras de grãos. Assim, as espécies de Leguminosae (a família das leguminosas), são o terceiro maior grupamento de plantas superiores, depois de Orchidaceae e Compositae. Na Amazônia, as mais de 1200 espécies de leguminosas são árvores de grande porte, produtoras de madeira, e freqüentam permanentemente a lista de espécies que são exportadas por seu valor madeireiro, tais como o Angelim vermelho (Dinizia excelsa) o jacarandá do Pará (Dalbergia paraense) e a cedrorana (Cedrelinga catenaeformis), por exemplo. Entretanto, muitas leguminosas arbóreas apresentam outros subprodutos não madeireiros, com valor econômico de mercado e que permitem valorizar a floresta que é preservada em pé, ou seja, sem a derrubada das matrizes, já que a exploração madeireira muitas vezes contribui para a erosão genética das espécies de maior valor comercial, o que compromete o seu aproveitamento futuro. Entre os principais produtos obtidos das leguminosas arbóreas da Amazônia, pode-se citar o óleo-de-copaíba (extraído de perfurações no tronco de árvores de Copaifera multijuga, a copaíba), o verniz copal (extraído de Hymenaa courbaril, o jatobá, cujos frutos também tem valor alimentício, contendo uma polpa farinácea bastante apreciada pelas populações da floresta). Há também árvores de cumarú (Dipteryx odorata), que possuem as sementes com alto conteúdo de cumarina, utilizada na indústria de cosméticos. Adicionalmente, a elevada biodiversidade natural da vegetação amazônica, incluí inúmeras espécies com potencial de exploração por seus princípios curativos e medicinais (Dimorphandra mollis, a fava d´anta; Crudia amazonica, a orelha de cachorro, e a própria copaíba Copaifera multijuga), e também espécies com potencial para produção de gomas naturais (como Parkia discolor, a faveira-do-igapó, que produz grande quantidade de goma no fruto, com propriedades similares às da goma arábica), e outros. Informações esparsas sobre essas riquezas renováveis são encontradas na literatura especializada e em manuais técnicos, cartazes, e folders (folhetos de divulgação) dirigidos a um público mais geral. Faltam, entretanto pesquisas mais aprofundadas, que possam estabelecer claramente o potencial de aproveitamento desses subprodutos não madeireiros, sempre visando a preservação e conservação dos recursos naturais da Amazônia. Para indicar alternativas de renda às populações ribeirinhas compatíveis com a educação ambiental, e para aproveitar o potencial econômico de espécies nativas, recurso farto mas muitas vezes não adequadamente explorado, pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) estão estudando, na Amazônia Central, as leguminosas florestais do baixo Rio Negro. Os trabalhos reúnem um grupo multidisciplinar de pesquisadores visando obter informações botânicas, agronômicas, tecnológicas e econômicas das espécies de leguminosas arbóreas nativas destas áreas.
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Mapa da região do arquipélago das Anavilhanas, baixo Rio Negro, estado do Amazonas
Matriz de integração de áreas de conhecimento de abrangência do projeto institucional do INPA "Estudo de leguminosas florestais da Amazônia Central como fonte potencial de matéria prima para uso tecnológico"
Os cientistas procuram determinar quais são as espécies de leguminosas florestais que ocorrem no baixo rio Negro e visitam os diferentes ambientes que ocorrem na Estação Ecológica de Anavilhanas. até os limites Parque Nacional do Jaú, no município de Novo Airão, AM. A vegetação típica destas áreas é constituída principalmente de igapós, que são matas inundadas por rios de água preta. Há também matas ribeirinhas, onde o relevo natural impede a inundação periódica das florestas, além de grandes áreas de terra firme, com pouca perturbação externa. No desenvolver dos trabalhos, excursões periódicas são praticadas nas áreas de estudo para identificar as leguminosas presentes nos grupos vegetacionais visitados, e coletar material de pesquisa para que estudos em laboratório possam identificam as propriedades da casca, das sementes e dos frutos, principalmente daquelas espécies ainda pouco conhecidas. Considerando que alguns pesquisadores estimam em cerca de 5.000 as espécies de plantas superiores que ocorrem na Amazônia Brasileira, muitas pesquisas ainda precisam ser efetuadas com as plantas desta região para que se possa ter domínio do conhecimento destas espécies. Uma das metas da pesquisa é obter informações para a expansão do uso dessas leguminosas na alimentação, na produção experimental de fármacos (remédios), de inseticidas, de fungicidas e/ou de adesivos naturais. Por exemplo, nos igapós do baixo rio Negro e em toda a calha deste rio, a espécie conhecida como acapurana (Campsiandra chigo-montero), produz amido nas sementes, que é aproveitado pelos índios da Venezuela para fabricação de produtos de panificação, utilizando uma técnica conhecida, similar à empregada para a produção de farinha de mandioca por índios da Amazônia brasileira. Entretanto, no baixo rio Negro, o aproveitamento desta espécie como alimento (que em geral é feito em períodos de escassez pelos índios), não foi registrado em nossas pesquisas. Uma parte dos trabalhos tem como prioridade esclarecer como as espécies germinam, como preservar suas sementes, como produzir mudas de boa qualidade para o plantio, e qual e o potencial de adaptação destas espécies quando cultivadas. Pelo teor destes trabalhos torna-se importante a disponibilização ampla dos resultados por meios eletrônicos, como bancos de dados virtuais e vídeos técnico-ilustrativos.
institution Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia
publishDate 2003
publishDateFull 2003-12-03
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spelling 236262024-10-01T19:00:31Z1[CeS] Textos de divulgação Cientistas estudam produtos renováveis das leguminosas arbóreas da Amazônia Luiz Augusto Gomes de Souza Leguminosas florestais Amazônia Arbóreas Floresta Biodiversidade Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia 2003-12-03 280.jpg vignette : https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/large/d90ae695b5bb06263e39ce34b09176e968a3da48.jpg As alternativas de desenvolvimento para a Amazônia devem ser sustentáveis para que não ocorram desastres ecológicos ou alteração no clima desta região. Ao viabilizar formas de exploração econômica das riquezas renováveis compatíveis com o uso sustentável e econômico da biodiversidade, os pesquisadores exercem ações para se contrapor aos modelos de desenvolvimento predatório que muitas vezes não exploram sustentadamente o grande potencial de diversidade biológica que é um das principais riquezas que a floresta abriga. A coleta e exploração orientada de sub-produtos não madeireiros da floresta, portanto, apresenta um potencial econômico novo, capaz de contribuir para a capitalização de populações muitas vezes desconsideradas nos projetos de desenvolvimento regional. A adoção das recomendações dos resultados das pesquisas, trás também inovações tecnológicas, e com o conhecimento das espécies com maior potencial de aproveitamento pode-se contribuir para a seleção de espécies, aproveitando-se germoplasma (recursos genéticos) locais. Em termos gerais, a pesquisa permite: 1.inventariar as espécies de leguminosas arbóreas nativas do baixo rio Negro; 2.elaborar um catálogo para identificação das plantas, utilizando-se descritores morfológicos, aproveitáveis diretamente no campo (inclusive para atividades de ecoturismo); 3.selecionar espécies para recuperação de áreas degradadas e plantios de enriquecimento florestal; e 4.gerar resultados agronômicos e silviculturais, trazendo novos conhecimentos sobre o potencial bio-econômico das espécies. Nos últimos anos tem crescido o uso econômico de alguns produtos não madeireiros, provenientes de leguminosas arbóreas da Amazônia. As leguminosas, mais conhecidas por suas espécies que produzem grãos como o feijão e a soja, são um grupo botânico muito numeroso, com hábito bastante diverso, variando de árvores de grande porte até mesmo ervas anuais produtoras de grãos. Assim, as espécies de Leguminosae (a família das leguminosas), são o terceiro maior grupamento de plantas superiores, depois de Orchidaceae e Compositae. Na Amazônia, as mais de 1200 espécies de leguminosas são árvores de grande porte, produtoras de madeira, e freqüentam permanentemente a lista de espécies que são exportadas por seu valor madeireiro, tais como o Angelim vermelho (Dinizia excelsa) o jacarandá do Pará (Dalbergia paraense) e a cedrorana (Cedrelinga catenaeformis), por exemplo. Entretanto, muitas leguminosas arbóreas apresentam outros subprodutos não madeireiros, com valor econômico de mercado e que permitem valorizar a floresta que é preservada em pé, ou seja, sem a derrubada das matrizes, já que a exploração madeireira muitas vezes contribui para a erosão genética das espécies de maior valor comercial, o que compromete o seu aproveitamento futuro. Entre os principais produtos obtidos das leguminosas arbóreas da Amazônia, pode-se citar o óleo-de-copaíba (extraído de perfurações no tronco de árvores de Copaifera multijuga, a copaíba), o verniz copal (extraído de Hymenaa courbaril, o jatobá, cujos frutos também tem valor alimentício, contendo uma polpa farinácea bastante apreciada pelas populações da floresta). Há também árvores de cumarú (Dipteryx odorata), que possuem as sementes com alto conteúdo de cumarina, utilizada na indústria de cosméticos. Adicionalmente, a elevada biodiversidade natural da vegetação amazônica, incluí inúmeras espécies com potencial de exploração por seus princípios curativos e medicinais (Dimorphandra mollis, a fava d´anta; Crudia amazonica, a orelha de cachorro, e a própria copaíba Copaifera multijuga), e também espécies com potencial para produção de gomas naturais (como Parkia discolor, a faveira-do-igapó, que produz grande quantidade de goma no fruto, com propriedades similares às da goma arábica), e outros. Informações esparsas sobre essas riquezas renováveis são encontradas na literatura especializada e em manuais técnicos, cartazes, e folders (folhetos de divulgação) dirigidos a um público mais geral. Faltam, entretanto pesquisas mais aprofundadas, que possam estabelecer claramente o potencial de aproveitamento desses subprodutos não madeireiros, sempre visando a preservação e conservação dos recursos naturais da Amazônia. Para indicar alternativas de renda às populações ribeirinhas compatíveis com a educação ambiental, e para aproveitar o potencial econômico de espécies nativas, recurso farto mas muitas vezes não adequadamente explorado, pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) estão estudando, na Amazônia Central, as leguminosas florestais do baixo Rio Negro. 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Há também matas ribeirinhas, onde o relevo natural impede a inundação periódica das florestas, além de grandes áreas de terra firme, com pouca perturbação externa. No desenvolver dos trabalhos, excursões periódicas são praticadas nas áreas de estudo para identificar as leguminosas presentes nos grupos vegetacionais visitados, e coletar material de pesquisa para que estudos em laboratório possam identificam as propriedades da casca, das sementes e dos frutos, principalmente daquelas espécies ainda pouco conhecidas. Considerando que alguns pesquisadores estimam em cerca de 5.000 as espécies de plantas superiores que ocorrem na Amazônia Brasileira, muitas pesquisas ainda precisam ser efetuadas com as plantas desta região para que se possa ter domínio do conhecimento destas espécies. Uma das metas da pesquisa é obter informações para a expansão do uso dessas leguminosas na alimentação, na produção experimental de fármacos (remédios), de inseticidas, de fungicidas e/ou de adesivos naturais. Por exemplo, nos igapós do baixo rio Negro e em toda a calha deste rio, a espécie conhecida como acapurana (Campsiandra chigo-montero), produz amido nas sementes, que é aproveitado pelos índios da Venezuela para fabricação de produtos de panificação, utilizando uma técnica conhecida, similar à empregada para a produção de farinha de mandioca por índios da Amazônia brasileira. Entretanto, no baixo rio Negro, o aproveitamento desta espécie como alimento (que em geral é feito em períodos de escassez pelos índios), não foi registrado em nossas pesquisas. Uma parte dos trabalhos tem como prioridade esclarecer como as espécies germinam, como preservar suas sementes, como produzir mudas de boa qualidade para o plantio, e qual e o potencial de adaptação destas espécies quando cultivadas. Pelo teor destes trabalhos torna-se importante a disponibilização ampla dos resultados por meios eletrônicos, como bancos de dados virtuais e vídeos técnico-ilustrativos. Potencial bio-econômico de leguminosas do baixo Rio Negro, Amazonas, Brasil Os pesquisadores estudam as leguminosas florestais do baixo Rio Negro - AM. 2003-12-03 Ciências Biológicas Os cientistas procuram determinar quais são as espécies de leguminosas florestais que ocorrem no baixo rio Negro e visitam os diferentes ambientes que ocorrem na Estação Ecológica de Anavilhanas. até os limites Parque Nacional do Jaú, no município de Novo Airão, AM. A vegetação típica destas áreas é constituída principalmente de igapós, que são matas inundadas por rios de água preta. Há também matas ribeirinhas, onde o relevo natural impede a inundação periódica das florestas, além de grandes áreas de terra firme, com pouca perturbação externa. No desenvolver dos trabalhos, excursões periódicas são praticadas nas áreas de estudo para identificar as leguminosas presentes nos grupos vegetacionais visitados, e coletar material de pesquisa para que estudos em laboratório possam identificam as propriedades da casca, das sementes e dos frutos, principalmente daquelas espécies ainda pouco conhecidas. Considerando que alguns pesquisadores estimam em cerca de 5.000 as espécies de plantas superiores que ocorrem na Amazônia Brasileira, muitas pesquisas ainda precisam ser efetuadas com as plantas desta região para que se possa ter domínio do conhecimento destas espécies. 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