A vitamina E na prevenção de câncer bucal

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Maria Auxiliadora Vieira do Carmo
Formato: Online
Publicado em: 2004
Assuntos:
Acesso em linha:https://canalciencia.ibict.br/ciencia-em-sintese/artigo?item_id=23510
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abstract Os pesquisadores usam as propriedades carcinógenas para estudar as lesões neoplásicas malignas da cavidade bucal em animais experimentais, com o objetivo de se conhecer melhor o processo de formação desses tumores, em humanos.
coverage Nessa pesquisa, realizada com cobaias em condições controladas, os resultados não mostraram indução de carcinoma epidermóide de boca (isto é, tumor maligno na mucosa da boca) pelo óxido de nitroquinolina. Entretanto, alguns resultados sugerem que a vitamina E parece atuar como um antioxidante importante, potencialmente preventivo desses tumores. Além disso, os dados também sugerem um papel inibidor da vitamina E, no índice de proliferação celular. Estas experiências podem apontar, portanto, para novas possibilidades quanto ao tratamento e prevenção de tumores malignos bucais (carcinoma epidermóide), através da utilização de micronutrientes, como a vitamina E.
Vários elementos químicos capazes de provocar tumores malignos entre eles os carcinógenos, como o óxido de nitroquinolina (4NQO) têm sido usados para induzir o aparecimento desses tumores na cavidade bucal de animais experimentais (isto é, animais usados em laboratórios para experiências científicas). Pesquisadores do Departamento de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais têm usado as propriedades carcinógenas dessa substância para estudar as lesões neoplásicas malignas (câncer) da cavidade bucal em animais experimentais, com o objetivo de se conhecer melhor o processo de formação desses tumores, em humanos. Estudos do câncer de boca, inclusive com pesquisas em carcinogênese experimental, têm sugerido que a vitamina E pode inibir ou retardar o desenvolvimento de vários tipos de câncer. A presente pesquisa visa examinar esta hipótese, que pode vir a ser um caminho importante na busca por novos métodos de cura e prevenção da doença.
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Para se estabelecer um modelo experimental de carcinogênese bucal, investigando os efeitos da vitamina E nesse processo, foram usados 112 camundongos, divididos em 4 grupos. Um dos grupos foi tratado somente com óxido de nitroquinolina, pincelado no palato dos animais; outro grupo foi tratado com a mesma substância mais vitamina E; um terceiro grupo foi tratado somente com vitamina E e o quarto grupo permaneceu sem tratamento (grupo controle, usado para as comparações). Sete animais de cada grupo foram sacrificados nos intervalos de 8, 16, 20 e 24 semanas. A mucosa palatina (isto é, o céu da boca) dos animais sacrificados foi analisada clinicamente e com microscópio óptico, através de várias técnicas de exame. No exame clínico, durante todo o experimento, a mucosa palatina de todos os animais de todos os grupos se apresentou com características de normalidade, sem formações de lesões. Entretanto, foi possível notar, ao exame microscópico. nos grupos tratados com óxido de nitroquinolina, nos diversos intervalos de tempo, alterações celulares nas células superficiais (epiteliais) da boca, que apresentaram núcleos volumosos, hipercorados e ligeira perda de coesão (adesão). No grupo tratado somente com vitamina E, a presença de áreas de acantose (proliferação das células epiteliais que recobrem a mucosa bucal) foi o achado mais marcante, sugerindo maior diferenciação dessas células. As médias de células que apresentaram alterações, conforme as técnicas utilizadas, foram maiores estatisticamente no grupo tratado exclusivamente com óxido de nitroquinolina, quando comparado aos demais grupos. Considerando-se, separadamente, cada intervalo de tempo, o grupo tratado com óxido de nitroquinolina mais vitamina E apresentou, sempre, médias menores de células alteradas.
institution Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais
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Estas experiências podem apontar, portanto, para novas possibilidades quanto ao tratamento e prevenção de tumores malignos bucais (carcinoma epidermóide), através da utilização de micronutrientes, como a vitamina E. Vários elementos químicos capazes de provocar tumores malignos entre eles os carcinógenos, como o óxido de nitroquinolina (4NQO) têm sido usados para induzir o aparecimento desses tumores na cavidade bucal de animais experimentais (isto é, animais usados em laboratórios para experiências científicas). Pesquisadores do Departamento de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais têm usado as propriedades carcinógenas dessa substância para estudar as lesões neoplásicas malignas (câncer) da cavidade bucal em animais experimentais, com o objetivo de se conhecer melhor o processo de formação desses tumores, em humanos. Estudos do câncer de boca, inclusive com pesquisas em carcinogênese experimental, têm sugerido que a vitamina E pode inibir ou retardar o desenvolvimento de vários tipos de câncer. A presente pesquisa visa examinar esta hipótese, que pode vir a ser um caminho importante na busca por novos métodos de cura e prevenção da doença. 00209_1.jpg 00209_2.jpg 00209_3.jpg 00209_4.jpg Para se estabelecer um modelo experimental de carcinogênese bucal, investigando os efeitos da vitamina E nesse processo, foram usados 112 camundongos, divididos em 4 grupos. Um dos grupos foi tratado somente com óxido de nitroquinolina, pincelado no palato dos animais; outro grupo foi tratado com a mesma substância mais vitamina E; um terceiro grupo foi tratado somente com vitamina E e o quarto grupo permaneceu sem tratamento (grupo controle, usado para as comparações). Sete animais de cada grupo foram sacrificados nos intervalos de 8, 16, 20 e 24 semanas. A mucosa palatina (isto é, o céu da boca) dos animais sacrificados foi analisada clinicamente e com microscópio óptico, através de várias técnicas de exame. No exame clínico, durante todo o experimento, a mucosa palatina de todos os animais de todos os grupos se apresentou com características de normalidade, sem formações de lesões. Entretanto, foi possível notar, ao exame microscópico. nos grupos tratados com óxido de nitroquinolina, nos diversos intervalos de tempo, alterações celulares nas células superficiais (epiteliais) da boca, que apresentaram núcleos volumosos, hipercorados e ligeira perda de coesão (adesão). No grupo tratado somente com vitamina E, a presença de áreas de acantose (proliferação das células epiteliais que recobrem a mucosa bucal) foi o achado mais marcante, sugerindo maior diferenciação dessas células. As médias de células que apresentaram alterações, conforme as técnicas utilizadas, foram maiores estatisticamente no grupo tratado exclusivamente com óxido de nitroquinolina, quando comparado aos demais grupos. Considerando-se, separadamente, cada intervalo de tempo, o grupo tratado com óxido de nitroquinolina mais vitamina E apresentou, sempre, médias menores de células alteradas. Alterações da mucosa bucal de camundongos BALB/C submetidos ao Carcinógeno 4NQO: efeito da vitamina E Os pesquisadores usam as propriedades carcinógenas para estudar as lesões neoplásicas malignas da cavidade bucal em animais experimentais, com o objetivo de se conhecer melhor o processo de formação desses tumores, em humanos. 2004-03-30 Ciências da Saúde Para se estabelecer um modelo experimental de carcinogênese bucal, investigando os efeitos da vitamina E nesse processo, foram usados 112 camundongos, divididos em 4 grupos. Um dos grupos foi tratado somente com óxido de nitroquinolina, pincelado no palato dos animais; outro grupo foi tratado com a mesma substância mais vitamina E; um terceiro grupo foi tratado somente com vitamina E e o quarto grupo permaneceu sem tratamento (grupo controle, usado para as comparações). Sete animais de cada grupo foram sacrificados nos intervalos de 8, 16, 20 e 24 semanas. A mucosa palatina (isto é, o céu da boca) dos animais sacrificados foi analisada clinicamente e com microscópio óptico, através de várias técnicas de exame. No exame clínico, durante todo o experimento, a mucosa palatina de todos os animais de todos os grupos se apresentou com características de normalidade, sem formações de lesões. Entretanto, foi possível notar, ao exame microscópico. nos grupos tratados com óxido de nitroquinolina, nos diversos intervalos de tempo, alterações celulares nas células superficiais (epiteliais) da boca, que apresentaram núcleos volumosos, hipercorados e ligeira perda de coesão (adesão). No grupo tratado somente com vitamina E, a presença de áreas de acantose (proliferação das células epiteliais que recobrem a mucosa bucal) foi o achado mais marcante, sugerindo maior diferenciação dessas células. As médias de células que apresentaram alterações, conforme as técnicas utilizadas, foram maiores estatisticamente no grupo tratado exclusivamente com óxido de nitroquinolina, quando comparado aos demais grupos. Considerando-se, separadamente, cada intervalo de tempo, o grupo tratado com óxido de nitroquinolina mais vitamina E apresentou, sempre, médias menores de células alteradas. https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/23510 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/ad5bd61bf96ae47fc7012357c839a3c828a86eda.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/14d0212959983addccf97acdb897febff34d4da5.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/dfafd1ef135fe5131fd15b9e141b50342fd7d919.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/6dab5108c48ac47ab313d4ebc2edeb58c7ea41a0.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/5af640ee9b45f8bf71886a08e667c5ff8c79e742.png