Censo da população do macaco-prego-do-peito-amarelo estuda distribuição e hábitos da espécie para evitar sua extinção

Detalhes bibliográficos
Principais autores: Cecília Kierulff, Gabriel Rodrigues dos Santos, Gustavo Rodrigues Canale, Carlos Eduardo Guidorizi
Formato: Online
Publicado em: 2003
Assuntos:
Acesso em linha:https://canalciencia.ibict.br/ciencia-em-sintese/artigo?item_id=23472
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abstract Foi proposto neste estudo, a realização de levantamento da população remanescente de C. xanthosternos e de investigação de sua atual distribuição biogeográfica.
coverage A pesquisa caminha no sentido da valorização e preservação da biodiversidade brasileira, a mais rica do mundo. Em termos concretos, isso de traduz nos esforços de preservação das espécies – tanto da fauna como da flora – especialmente as mais ameaçadas. A pesquisa testa e consolida metodologias para levantamento, identificação e caracterização etológica (etologia é a ciência que estuda os comportamentos dos animais) de espécies raras, particularmente de primatas. Os dados da pesquisa podem subsidiar programas de manejo diretamente voltados à proteção do Cebus xanthosternos, mas também serem úteis para programas voltados a outros primatas.
O macaco-prego-do-peito-amarelo (Cebus xanthosternos) é um primata endêmico (isto é, natural) da Mata Atlântica, um dos ecossistemas mais ameaçados de extinção do mundo. Embora os limites precisos de sua distribuição não sejam conhecidos, informações esparsas e registros em museus indicam que, originalmente, o C. xanthosternos ocorria na região limitada ao norte e oeste pelo Rio São Francisco (nos Estados da Bahia e Sergipe) e, ao sul, pelo Rio Jequitinhonha (na Bahia e norte do Estado de Minas Gerais). Devido ao desmatamento, atualmente as populações remanescentes de C. xanthosternos encontram-se extremamente reduzidas e a espécie já desapareceu em várias regiões. Além da destruição das matas, a caça também contribuiu para a redução do número de C. xanthosternos na natureza. Hoje, o macaco-prego-do-peito-amarelo é, numa escala global, um dos primatas que mais correm riscos de extinção no mundo. Esforços direcionados à sua conservação resultaram no estabelecimento de um programa de criação em cativeiro e, em 1992, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) criou um Comitê Internacional de Conservação e Manejo da Espécie. Entretanto, para a conservação de uma espécie, estudos sobre sua distribuição e abundância têm especial importância, principalmente em relação às espécies raras, de distribuição restrita e baixas densidades – como é o caso do macaco-prego-do-peito-amarelo – pois estas características as tornam ainda mais suscetíveis de extinção. Em função disto, pesquisadores do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais do Sul da Bahia (IESB) e do Conservation International do Brasil (CI) propõem o presente estudo, de levantamento da população remanescente de C. xanthosternos e de investigação de sua atual distribuição biogeográfica. A meta é colaborar, com as informações levantadas, para um programa de manejo da espécie que impeça sua extinção e eventualmente leve até mesmo à sua recuperação populacional.
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Esta pesquisa, de levantamento das populações silvestres de C. xanthosternos, é um passo importante e essencial para se estabelecer um programa de manejo da espécie. Além da distribuição geográfica, são coletadas informações sobre parâmetros populacionais, como densidade, tamanho de grupos e tamanho de território. A pesquisa inclui a avaliação das condições ambientais da área de distribuição de C. xanthosternos, levando-se em conta a cobertura florestal existente, sua fragmentação e exploração, e caracterização do ambiente onde a espécie é encontrada. São também identificadas outras ameaças (além do desmatamento) para as populações de C. xanthosternos e registradas as presenças de outras espécies de primatas nas áreas de ocorrência do macaco-prego-do-peito-amarelo. Para o inventário das populações selvagens de C. xanthosternos, toda a área de distribuição original da espécie será percorrida durante dois anos. As áreas de matas remanescentes serão identificadas através de imagens de satélites e mapas publicados pelo IBGE e SUDENE. Para se obter informações sobre a distribuição geográfica e densidade de C. xanthosternos serão feitas entrevistas com a população local e a presença da espécie será confirmada através de câmeras fotográficas com sensores, que disparam quando os animais passam (as câmeras são deixadas na mata e quando os macacos-prego atravessam em frente ao sensor, elas disparam, fotografando os animais). Este projeto, além de contar com o apoio do programa PROBIO, do Ministério do Meio Ambiente, conta com recursos da Margot Marsh Foundation, dos zoológicos europeus envolvidos no Programa de Reprodução em Cativeiro (Apenheul - Holanda, Chester e Colchester- Inglaterra, Mulhouse,the Friends of Mulhouse Zoo, La Vallée des Singes –França e Zürich - Suíça) e do CEPA (Conservation des Espèces et des Populations Animales - França).
institution PROBIO/MMA
Margot Marsh Foundation
Programa Europeu de Reprodução em Cativeiro
CEPA
publishDate 2003
publishDateFull 2003-10-10
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spelling 234722024-10-01T19:00:31Z1[CeS] Textos de divulgação Censo da população do macaco-prego-do-peito-amarelo estuda distribuição e hábitos da espécie para evitar sua extinção Cecília Kierulff Gabriel Rodrigues dos Santos Gustavo Rodrigues Canale Carlos Eduardo Guidorizi Macaco-prego-do-peito-amarelo Mata Atlântica Extinção PROBIO/MMA Margot Marsh Foundation Programa Europeu de Reprodução em Cativeiro CEPA 2003-10-10 CAPA vignette : https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/large/82338a82d437e2510eaf1ed47aa91458c960cf64.jpg A pesquisa caminha no sentido da valorização e preservação da biodiversidade brasileira, a mais rica do mundo. Em termos concretos, isso de traduz nos esforços de preservação das espécies – tanto da fauna como da flora – especialmente as mais ameaçadas. A pesquisa testa e consolida metodologias para levantamento, identificação e caracterização etológica (etologia é a ciência que estuda os comportamentos dos animais) de espécies raras, particularmente de primatas. Os dados da pesquisa podem subsidiar programas de manejo diretamente voltados à proteção do Cebus xanthosternos, mas também serem úteis para programas voltados a outros primatas. O macaco-prego-do-peito-amarelo (Cebus xanthosternos) é um primata endêmico (isto é, natural) da Mata Atlântica, um dos ecossistemas mais ameaçados de extinção do mundo. Embora os limites precisos de sua distribuição não sejam conhecidos, informações esparsas e registros em museus indicam que, originalmente, o C. xanthosternos ocorria na região limitada ao norte e oeste pelo Rio São Francisco (nos Estados da Bahia e Sergipe) e, ao sul, pelo Rio Jequitinhonha (na Bahia e norte do Estado de Minas Gerais). Devido ao desmatamento, atualmente as populações remanescentes de C. xanthosternos encontram-se extremamente reduzidas e a espécie já desapareceu em várias regiões. Além da destruição das matas, a caça também contribuiu para a redução do número de C. xanthosternos na natureza. Hoje, o macaco-prego-do-peito-amarelo é, numa escala global, um dos primatas que mais correm riscos de extinção no mundo. Esforços direcionados à sua conservação resultaram no estabelecimento de um programa de criação em cativeiro e, em 1992, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) criou um Comitê Internacional de Conservação e Manejo da Espécie. Entretanto, para a conservação de uma espécie, estudos sobre sua distribuição e abundância têm especial importância, principalmente em relação às espécies raras, de distribuição restrita e baixas densidades – como é o caso do macaco-prego-do-peito-amarelo – pois estas características as tornam ainda mais suscetíveis de extinção. Em função disto, pesquisadores do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais do Sul da Bahia (IESB) e do Conservation International do Brasil (CI) propõem o presente estudo, de levantamento da população remanescente de C. xanthosternos e de investigação de sua atual distribuição biogeográfica. A meta é colaborar, com as informações levantadas, para um programa de manejo da espécie que impeça sua extinção e eventualmente leve até mesmo à sua recuperação populacional. Imagem 00159_2.jpg Imagem Esta pesquisa, de levantamento das populações silvestres de C. xanthosternos, é um passo importante e essencial para se estabelecer um programa de manejo da espécie. Além da distribuição geográfica, são coletadas informações sobre parâmetros populacionais, como densidade, tamanho de grupos e tamanho de território. A pesquisa inclui a avaliação das condições ambientais da área de distribuição de C. xanthosternos, levando-se em conta a cobertura florestal existente, sua fragmentação e exploração, e caracterização do ambiente onde a espécie é encontrada. São também identificadas outras ameaças (além do desmatamento) para as populações de C. xanthosternos e registradas as presenças de outras espécies de primatas nas áreas de ocorrência do macaco-prego-do-peito-amarelo. Para o inventário das populações selvagens de C. xanthosternos, toda a área de distribuição original da espécie será percorrida durante dois anos. As áreas de matas remanescentes serão identificadas através de imagens de satélites e mapas publicados pelo IBGE e SUDENE. Para se obter informações sobre a distribuição geográfica e densidade de C. xanthosternos serão feitas entrevistas com a população local e a presença da espécie será confirmada através de câmeras fotográficas com sensores, que disparam quando os animais passam (as câmeras são deixadas na mata e quando os macacos-prego atravessam em frente ao sensor, elas disparam, fotografando os animais). Este projeto, além de contar com o apoio do programa PROBIO, do Ministério do Meio Ambiente, conta com recursos da Margot Marsh Foundation, dos zoológicos europeus envolvidos no Programa de Reprodução em Cativeiro (Apenheul - Holanda, Chester e Colchester- Inglaterra, Mulhouse,the Friends of Mulhouse Zoo, La Vallée des Singes –França e Zürich - Suíça) e do CEPA (Conservation des Espèces et des Populations Animales - França). Avaliação das populações do macaco-prego-do-peito-amarelo (Cebus xanthosternos) e proposta de estratégia para manejo e conservação da espécie Foi proposto neste estudo, a realização de levantamento da população remanescente de C. xanthosternos e de investigação de sua atual distribuição biogeográfica. 2003-10-10 Ciências Biológicas Esta pesquisa, de levantamento das populações silvestres de C. xanthosternos, é um passo importante e essencial para se estabelecer um programa de manejo da espécie. Além da distribuição geográfica, são coletadas informações sobre parâmetros populacionais, como densidade, tamanho de grupos e tamanho de território. A pesquisa inclui a avaliação das condições ambientais da área de distribuição de C. xanthosternos, levando-se em conta a cobertura florestal existente, sua fragmentação e exploração, e caracterização do ambiente onde a espécie é encontrada. São também identificadas outras ameaças (além do desmatamento) para as populações de C. xanthosternos e registradas as presenças de outras espécies de primatas nas áreas de ocorrência do macaco-prego-do-peito-amarelo. Para o inventário das populações selvagens de C. xanthosternos, toda a área de distribuição original da espécie será percorrida durante dois anos. As áreas de matas remanescentes serão identificadas através de imagens de satélites e mapas publicados pelo IBGE e SUDENE. Para se obter informações sobre a distribuição geográfica e densidade de C. xanthosternos serão feitas entrevistas com a população local e a presença da espécie será confirmada através de câmeras fotográficas com sensores, que disparam quando os animais passam (as câmeras são deixadas na mata e quando os macacos-prego atravessam em frente ao sensor, elas disparam, fotografando os animais). Este projeto, além de contar com o apoio do programa PROBIO, do Ministério do Meio Ambiente, conta com recursos da Margot Marsh Foundation, dos zoológicos europeus envolvidos no Programa de Reprodução em Cativeiro (Apenheul - Holanda, Chester e Colchester- Inglaterra, Mulhouse,the Friends of Mulhouse Zoo, La Vallée des Singes –França e Zürich - Suíça) e do CEPA (Conservation des Espèces et des Populations Animales - França). https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/23472 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/82338a82d437e2510eaf1ed47aa91458c960cf64.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/c24d526c0bb41845cff870a6d032075a0d5c27c6.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/2ca11f047c4d77b9a039b7672b2090d09c4a271b.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/bbbf7008e70632fafb8a0602db2d0c83f94461a2.jpg