Lama tóxica residual da fabricação de ácido sulfúrico pode ser aproveitada na construção civil
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Publicado em: |
2003
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A pesquisa busca entender se lama tóxico residual da fabricação do ácido sulfúrico pode ser aproveitada na construção civil. |
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Os principais valores deste trabalho estão implícitos nos resultados que dele podem ser esperados, a saber:
1.Desenvolvimento de uma tecnologia viável, de baixo custo e ecologicamente orientada para despoluição de resíduos tóxicos da fabricação de ácido sulfúrico, aplicável em outras situações semelhantes;
2.minoração de danos à ecologia dos ambientes em que estão instaladas fábricas de ácido sulfúrico, auxiliando assim nos processos de preservação e de despoluição;
3.redirecionamento de resíduos depositados, considerados sem serventia, para fins produtivos, gerando novas fontes de riqueza, tanto para os produtores de resíduos quanto para os compradores do material reciclado;
4.minoração da demanda de matéria-prima na indústria da construção civil pelo uso de material reciclado; e
5.efeito pedagógico e multiplicador, pela eficácia do exemplo, da aplicabilidade e racionalidade dos esforços de reciclagem, preservação e despoluição ambiental, com princípios norteadores e utilizáveis nas mais variadas situações. A empresa Caraíba Metais, sediada no município de Dias d’Ávila, no estado da Bahia, é produtora de cobre eletrolítico a partir de sulfetos, tendo como subproduto o ácido sulfúrico. No processo de produção deste insumo, entretanto, são gerados resíduos e efluentes contendo metais pesados, em especial arsênio, cádmio e flúor, que acabam por compor uma lama tóxica que, não podendo ser dispersada no ambiente, pelos graves danos ecológicos e humanos que poderia trazer, acaba disposta na própria empresa, sem maior serventia. A alta toxicidade deste subproduto, entretanto, implica numa ameaça potencial, podendo contaminar terrenos, águas fluviais, etc. com graves prejuízos ambientais à flora e fauna e, eventualmente, com efeitos colaterais atingindo até mesmo populações humanas. Diante deste quadro, pesquisadores do Centro de Tecnologia Mineral do Ministério da Ciência e Tecnologia e do Núcleo de Tecnologias Limpas da Universidade Federal da Bahia, procuram uma solução tecnicamente viável e, do ponto de vista ecológico, sustentada, para a minimização do problema. Esse duplo objetivo (viabilidade e sustentabilidade) deve contemplar, portanto, tanto o tratamento quanto o reaproveitamento destes resíduos. Para isso a linha de pesquisa escolhida é a de eliminar ou recuperar os metais pesados contidos na lama, de modo a poder reaproveitá-la como insumo da construção civil na fabricação de gesso, tijolos, telhas e, eventualmente, em argamassa e cimento. imagem1 imagem2 imagem3 imagem4 Os procedimentos da pesquisa abrangem quatro etapas sucessivas: 1.A coleta de amostras, e seu estudo, de modo a possibilitar a caracterização (descrição científica) dos rejeitos atualmente dispostos na Caraiba Metais. Já foi concluída a etapa de amostragem e coleta dos rejeitos (resíduo), que constituem uma lama de gesso contendo elementos tóxicos (cádmio, arsênio e flúor) que impedem a reutilização do material como estocado. Foi iniciada a etapa de preparação das amostras que permitirá a caracterização mineralógica e química do resíduo. 2.A investigação, definição e escolha de processos hidrometalurgicos de baixo custo que viabilizem a eliminação e/ou descontaminação de arsênio, cádmio e flúor dos rejeitos Para isso serão realizados uma série de testes hidrometalúrgicos visando eliminar do resíduo os elementos tóxicos. Serão estudadas, ainda, alternativas de tratamento do efluente buscando minimizar ou eliminar a continuidade de geração da lama de gesso tóxica. 3.Uma avaliação, tanto técnica quanto econômica, do uso do gesso , após a descontaminação, pela indústria da construção civil. 4.avaliação dos impactos ambientais e técnicos das medidas a serem implantadas. Estas duas últimas tapas metodológicas serão realizadas ao longo da execução da pesquisa, que encontra-se em andamento. |
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Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Financiadora de Estudos e Projetos Caraíba Metais S.A. |
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234592024-10-01T19:00:31Z1[CeS] Textos de divulgação Lama tóxica residual da fabricação de ácido sulfúrico pode ser aproveitada na construção civil Ronaldo Luiz Correa dos Santos Luis Alberto Dantas Barbosa Metal Poluição ambiental Tóxico Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Financiadora de Estudos e Projetos Caraíba Metais S.A. 2003-07-23 Capa vignette : https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/large/9140a77f1ba8d5d7175e1341015b95f19a805c2f.jpg Os principais valores deste trabalho estão implícitos nos resultados que dele podem ser esperados, a saber: 1.Desenvolvimento de uma tecnologia viável, de baixo custo e ecologicamente orientada para despoluição de resíduos tóxicos da fabricação de ácido sulfúrico, aplicável em outras situações semelhantes; 2.minoração de danos à ecologia dos ambientes em que estão instaladas fábricas de ácido sulfúrico, auxiliando assim nos processos de preservação e de despoluição; 3.redirecionamento de resíduos depositados, considerados sem serventia, para fins produtivos, gerando novas fontes de riqueza, tanto para os produtores de resíduos quanto para os compradores do material reciclado; 4.minoração da demanda de matéria-prima na indústria da construção civil pelo uso de material reciclado; e 5.efeito pedagógico e multiplicador, pela eficácia do exemplo, da aplicabilidade e racionalidade dos esforços de reciclagem, preservação e despoluição ambiental, com princípios norteadores e utilizáveis nas mais variadas situações. A empresa Caraíba Metais, sediada no município de Dias d’Ávila, no estado da Bahia, é produtora de cobre eletrolítico a partir de sulfetos, tendo como subproduto o ácido sulfúrico. No processo de produção deste insumo, entretanto, são gerados resíduos e efluentes contendo metais pesados, em especial arsênio, cádmio e flúor, que acabam por compor uma lama tóxica que, não podendo ser dispersada no ambiente, pelos graves danos ecológicos e humanos que poderia trazer, acaba disposta na própria empresa, sem maior serventia. A alta toxicidade deste subproduto, entretanto, implica numa ameaça potencial, podendo contaminar terrenos, águas fluviais, etc. com graves prejuízos ambientais à flora e fauna e, eventualmente, com efeitos colaterais atingindo até mesmo populações humanas. Diante deste quadro, pesquisadores do Centro de Tecnologia Mineral do Ministério da Ciência e Tecnologia e do Núcleo de Tecnologias Limpas da Universidade Federal da Bahia, procuram uma solução tecnicamente viável e, do ponto de vista ecológico, sustentada, para a minimização do problema. Esse duplo objetivo (viabilidade e sustentabilidade) deve contemplar, portanto, tanto o tratamento quanto o reaproveitamento destes resíduos. Para isso a linha de pesquisa escolhida é a de eliminar ou recuperar os metais pesados contidos na lama, de modo a poder reaproveitá-la como insumo da construção civil na fabricação de gesso, tijolos, telhas e, eventualmente, em argamassa e cimento. imagem1 imagem2 imagem3 imagem4 Os procedimentos da pesquisa abrangem quatro etapas sucessivas: 1.A coleta de amostras, e seu estudo, de modo a possibilitar a caracterização (descrição científica) dos rejeitos atualmente dispostos na Caraiba Metais. Já foi concluída a etapa de amostragem e coleta dos rejeitos (resíduo), que constituem uma lama de gesso contendo elementos tóxicos (cádmio, arsênio e flúor) que impedem a reutilização do material como estocado. Foi iniciada a etapa de preparação das amostras que permitirá a caracterização mineralógica e química do resíduo. 2.A investigação, definição e escolha de processos hidrometalurgicos de baixo custo que viabilizem a eliminação e/ou descontaminação de arsênio, cádmio e flúor dos rejeitos Para isso serão realizados uma série de testes hidrometalúrgicos visando eliminar do resíduo os elementos tóxicos. Serão estudadas, ainda, alternativas de tratamento do efluente buscando minimizar ou eliminar a continuidade de geração da lama de gesso tóxica. 3.Uma avaliação, tanto técnica quanto econômica, do uso do gesso , após a descontaminação, pela indústria da construção civil. 4.avaliação dos impactos ambientais e técnicos das medidas a serem implantadas. Estas duas últimas tapas metodológicas serão realizadas ao longo da execução da pesquisa, que encontra-se em andamento. Recuperação de metais pesados do efluente ácido proveniente da lavagem de gases do processo produtivo de ácido sulfúrico da Caraíba Metais. A pesquisa busca entender se lama tóxico residual da fabricação do ácido sulfúrico pode ser aproveitada na construção civil. 2003-07-23 Engenharias Os procedimentos da pesquisa abrangem quatro etapas sucessivas: 1.A coleta de amostras, e seu estudo, de modo a possibilitar a caracterização (descrição científica) dos rejeitos atualmente dispostos na Caraiba Metais. Já foi concluída a etapa de amostragem e coleta dos rejeitos (resíduo), que constituem uma lama de gesso contendo elementos tóxicos (cádmio, arsênio e flúor) que impedem a reutilização do material como estocado. Foi iniciada a etapa de preparação das amostras que permitirá a caracterização mineralógica e química do resíduo. 2.A investigação, definição e escolha de processos hidrometalurgicos de baixo custo que viabilizem a eliminação e/ou descontaminação de arsênio, cádmio e flúor dos rejeitos Para isso serão realizados uma série de testes hidrometalúrgicos visando eliminar do resíduo os elementos tóxicos. Serão estudadas, ainda, alternativas de tratamento do efluente buscando minimizar ou eliminar a continuidade de geração da lama de gesso tóxica. 3.Uma avaliação, tanto técnica quanto econômica, do uso do gesso , após a descontaminação, pela indústria da construção civil. 4.avaliação dos impactos ambientais e técnicos das medidas a serem implantadas. Estas duas últimas tapas metodológicas serão realizadas ao longo da execução da pesquisa, que encontra-se em andamento. https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/23459 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/9140a77f1ba8d5d7175e1341015b95f19a805c2f.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/ababbf4dfd2d433b79561f11a34b58df9da96045.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/0a3c8ff39d20f5775ffc987efff3c74d98368964.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/de6841cfd4c5689d7bcf8c14bc242acdfa53c3a7.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/5308991e5a967a4042218a59433ebe96db800888.jpg |