Cientistas estudam métodos para detectar vírus da hepatite A em águas de rios, lagoas, mananciais e esgotos

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Ana Maria Coimbra Gaspar
Formato: Online
Publicado em: 2003
Assuntos:
Acesso em linha:https://canalciencia.ibict.br/ciencia-em-sintese/artigo?item_id=23444
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abstract Os pesquisadores aplicam técnicas que facilite e mostra facilmente a presenção do vírus da hepatite A em diferente tipos da água.
coverage A relevância deste estudo liga-se à possibilidade de obter informação científica com a qual seja possível qualificar os responsáveis pelo monitoramento e qualidade das águas públicas no Rio de Janeiro. Além disso a pesquisa pretende testar e estabelecer as melhores metodologias para subsidiar respostas rápidas em relação à eventual contaminação viral dessas águas. Em última instância a pesquisa beneficia a população consumidora ao testar e colocar, ao alcance das autoridades responsáveis, ferramentas aptas a garantir a qualidade da água utilizada por esta população.
A crescente escassez dos recursos hídricos e a poluição ambiental vêm colocando, cada vez mais, a questão do uso e da gestão das águas no centro de interesses científicos, políticos e estratégicos em todo o mundo. A pesquisa de vírus em águas tratadas e não tratadas constitui uma das mais relevantes linhas de investigação em desenvolvimento no mundo, visando a garantia da qualidade da água de uso da população. Neste tipo de pesquisa fatores epidemiológicos relevantes também devem ser considerados, como, por exemplo, o monitoramento da circulação ambiental de amostras vacinais ou selvagens, o aparecimento de amostras variantes genotípicas, e a resistência destes vírus entéricos às condições ambientais. Em função desta situação geral, e das condições específicas da cidade do Rio de Janeiro, pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz/FIOCRUZ propuseram este projeto, cujo objetivo central é investigar a presença dos vírus de transmissão entérica (oral) que causam hepatites nas águas ambientais da região do Rio de Janeiro, tais como lagoas, rios, mananciais e esgotos.
Os vírus de transmissão oral causadores da hepatite A, são considerado, nesta pesquisa, como marcadores virais, isto é, como bioindicadores do estado geral de saneamento ambiental das águas fluminenses. Para isto os pesquisadores pretendem: - desenvolver metodologias para concentração dos virus por métodos de filtração, em amostras de água de baías, esgotos, lagoas e rios (águas ambientais); - detectar o genoma (isto é, o código genético) dos vírus encontrados nos concentrados de águas ambientais através de uma técnica denominada de reação em cadeia da polimerase (PCR) onde esta enzima copia uma sequência do genoma do vírus a partir de um molde, ampliando o numero de cópias, facilitando assim a detecção do genoma; - com a detecção do genoma analisar as sequências de genes (as seqüências genômicas) dos isolados de vírus e correlaciona-los geneticamente com outros isolados encontrados em outros pontos geográficos do Brasil ou mesmo do mundo; e - mapear as áreas contaminadas por esgoto pelos marcadores virais encontrados. A resistência dos vírus entéricos (que causam infecção pela via oral e que após a replicação no orgão de escolha , no caso o fígado, são eliminados pelas fezes e assim voltam para o ambiente) aos compostos de cloro (isto é, desinfetantes, fungicidas, etc.) é maior do que a dos coliformes bacterianos, geralmente usados para indicar a qualidade sanitária da água. Ou seja, mesmo se a água não contiver bactérias, ainda pode estar contaminada por vírus. Métodos para determinação de vírus entéricos em amostras de águas são necessários como forma de monitoramento, para assegurar um padrão ideal de qualidade no suprimento de águas públicas. Assim, as etapas a serem executadas num processo de monitoramento padrão seriam: - definição de pontos de coleta; - coleta das amostras; - clarificação, que é a retirada de resíduos orgânicos; - concentração; - extração de ácidos nucléicos ou do genoma; e - detecção e quantificação dos genomas virais, sequenciamento nucleotídico e análise filogenética (que seria usada para uma classificação mais detalhada). O estudo em curso reproduz e testa, em escala de pesquisa, esses procedimentos.
institution Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Fundação Oswaldo Cruz
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publishDateFull 2003-11-26
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Em última instância a pesquisa beneficia a população consumidora ao testar e colocar, ao alcance das autoridades responsáveis, ferramentas aptas a garantir a qualidade da água utilizada por esta população. A crescente escassez dos recursos hídricos e a poluição ambiental vêm colocando, cada vez mais, a questão do uso e da gestão das águas no centro de interesses científicos, políticos e estratégicos em todo o mundo. A pesquisa de vírus em águas tratadas e não tratadas constitui uma das mais relevantes linhas de investigação em desenvolvimento no mundo, visando a garantia da qualidade da água de uso da população. Neste tipo de pesquisa fatores epidemiológicos relevantes também devem ser considerados, como, por exemplo, o monitoramento da circulação ambiental de amostras vacinais ou selvagens, o aparecimento de amostras variantes genotípicas, e a resistência destes vírus entéricos às condições ambientais. Em função desta situação geral, e das condições específicas da cidade do Rio de Janeiro, pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz/FIOCRUZ propuseram este projeto, cujo objetivo central é investigar a presença dos vírus de transmissão entérica (oral) que causam hepatites nas águas ambientais da região do Rio de Janeiro, tais como lagoas, rios, mananciais e esgotos. Os vírus de transmissão oral causadores da hepatite A, são considerado, nesta pesquisa, como marcadores virais, isto é, como bioindicadores do estado geral de saneamento ambiental das águas fluminenses. Para isto os pesquisadores pretendem: - desenvolver metodologias para concentração dos virus por métodos de filtração, em amostras de água de baías, esgotos, lagoas e rios (águas ambientais); - detectar o genoma (isto é, o código genético) dos vírus encontrados nos concentrados de águas ambientais através de uma técnica denominada de reação em cadeia da polimerase (PCR) onde esta enzima copia uma sequência do genoma do vírus a partir de um molde, ampliando o numero de cópias, facilitando assim a detecção do genoma; - com a detecção do genoma analisar as sequências de genes (as seqüências genômicas) dos isolados de vírus e correlaciona-los geneticamente com outros isolados encontrados em outros pontos geográficos do Brasil ou mesmo do mundo; e - mapear as áreas contaminadas por esgoto pelos marcadores virais encontrados. A resistência dos vírus entéricos (que causam infecção pela via oral e que após a replicação no orgão de escolha , no caso o fígado, são eliminados pelas fezes e assim voltam para o ambiente) aos compostos de cloro (isto é, desinfetantes, fungicidas, etc.) é maior do que a dos coliformes bacterianos, geralmente usados para indicar a qualidade sanitária da água. Ou seja, mesmo se a água não contiver bactérias, ainda pode estar contaminada por vírus. Métodos para determinação de vírus entéricos em amostras de águas são necessários como forma de monitoramento, para assegurar um padrão ideal de qualidade no suprimento de águas públicas. Assim, as etapas a serem executadas num processo de monitoramento padrão seriam: - definição de pontos de coleta; - coleta das amostras; - clarificação, que é a retirada de resíduos orgânicos; - concentração; - extração de ácidos nucléicos ou do genoma; e - detecção e quantificação dos genomas virais, sequenciamento nucleotídico e análise filogenética (que seria usada para uma classificação mais detalhada). O estudo em curso reproduz e testa, em escala de pesquisa, esses procedimentos. Desenvolvimento de Metodologias para detecção do vírus de Hepatite A em amostras ambientais Os pesquisadores aplicam técnicas que facilite e mostra facilmente a presenção do vírus da hepatite A em diferente tipos da água. 2003-11-26 Ciências da Saúde Os vírus de transmissão oral causadores da hepatite A, são considerado, nesta pesquisa, como marcadores virais, isto é, como bioindicadores do estado geral de saneamento ambiental das águas fluminenses. Para isto os pesquisadores pretendem: - desenvolver metodologias para concentração dos virus por métodos de filtração, em amostras de água de baías, esgotos, lagoas e rios (águas ambientais); - detectar o genoma (isto é, o código genético) dos vírus encontrados nos concentrados de águas ambientais através de uma técnica denominada de reação em cadeia da polimerase (PCR) onde esta enzima copia uma sequência do genoma do vírus a partir de um molde, ampliando o numero de cópias, facilitando assim a detecção do genoma; - com a detecção do genoma analisar as sequências de genes (as seqüências genômicas) dos isolados de vírus e correlaciona-los geneticamente com outros isolados encontrados em outros pontos geográficos do Brasil ou mesmo do mundo; e - mapear as áreas contaminadas por esgoto pelos marcadores virais encontrados. A resistência dos vírus entéricos (que causam infecção pela via oral e que após a replicação no orgão de escolha , no caso o fígado, são eliminados pelas fezes e assim voltam para o ambiente) aos compostos de cloro (isto é, desinfetantes, fungicidas, etc.) é maior do que a dos coliformes bacterianos, geralmente usados para indicar a qualidade sanitária da água. Ou seja, mesmo se a água não contiver bactérias, ainda pode estar contaminada por vírus. Métodos para determinação de vírus entéricos em amostras de águas são necessários como forma de monitoramento, para assegurar um padrão ideal de qualidade no suprimento de águas públicas. Assim, as etapas a serem executadas num processo de monitoramento padrão seriam: - definição de pontos de coleta; - coleta das amostras; - clarificação, que é a retirada de resíduos orgânicos; - concentração; - extração de ácidos nucléicos ou do genoma; e - detecção e quantificação dos genomas virais, sequenciamento nucleotídico e análise filogenética (que seria usada para uma classificação mais detalhada). O estudo em curso reproduz e testa, em escala de pesquisa, esses procedimentos. https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/23444 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/93ffd350226201798cf1e12e7a08922f87b56f61.jpg